Professoras das creches filantrópicas mantêm greve em Londrina
Prefeitura de Londrina conseguiu liminar exigindo funcionamento de pelo menos 60% das creches do município.

Na manhã desta terça-feira (13), a Justiça do Paraná concedeu uma liminar à Prefeitura de Londrina, que obriga o funcionamento de 60% dos Centros de Educação Infantil (CEIs) filantrópicos no município, mesmo com a greve iniciada pelos professores da categoria. A decisão, no entanto, autoriza o direito à greve dos trabalhadores.
A paralisação, deflagrada nesta terça-feira (13), tem como principal reivindicação o reajuste salarial dos profissionais. De acordo com o Sindicato dos Profissionais das Escolas Particulares (Sinpro), 43 das 63 unidades estão com as atividades suspensas.
Na decisão judicial, a Prefeitura afirma que, apesar das negociações, o sindicato manteve a greve. O Município também alega que já realizou um estudo para realizar a reposição do INPC, que atualmente é de 4,77%. “A gestão reafirma o seu compromisso de honrar suas obrigações e respeitar o contrato com as entidades filantrópicas, mesmo diante da ausência de previsão orçamentária na LOA de 2025 para o reajuste”, diz uma nota divulgada nesta segunda-feira (12).
Para a administração municipal, o movimento não é considerado legítimo.
Já a categoria argumenta que não houve reajuste na data-base, em janeiro deste ano. Após manifestações das professoras no mês passado, a Prefeitura iniciou tratativas e se comprometeu a apresentar propostas. No entanto, segundo o Sinpro, na reunião realizada na última quinta-feira (8), o município não apresentou nenhuma proposta concreta, o que motivou a decisão pela paralisação.
Reajuste
A categoria afirma não estar exigindo equiparação total com os salários dos professores efetivos da rede municipal, que recebem cerca de R$ 4,8 mil mensais. Atualmente, as educadoras dos CEIs filantrópicos recebem em torno de R$ 2 mil. O objetivo, segundo o Sinpro, é reduzir essa diferença, que chega a 80%.
A Prefeitura de Londrina alega que não há margem no orçamento para uma equiparação ainda este ano.
Redação Tem Londrina