Eleições 2020: conheça as propostas de Márcio Stamm para Londrina
Márcio Stamm responde as perguntas do TEM.
O Portal Tem Londrina iniciou, na última semana, a publicação das entrevistas com os candidatos a prefeito da cidade. Nesta terça-feira (0), quem responde as perguntas do TEM é Márcio Stamm (PODEMOS). O candidato compõe chapa tendo como vice Fernanda Viotto, do mesmo partido. Leia a entrevista:
Como o senhor avalia as medidas adotadas para conter o avanço da dengue e do coronavírus na cidade? Caso discorde, o que o senhor faria diferente?
As medidas adotadas para conter o avanço da dengue em Londrina têm se mostrado ineficazes já que, somente em 2020, 34 pessoas morreram vítimas da doença. Nos últimos 12 meses, são mais 100 mortes. A atual gestão parece ter reduzido o número de agentes de endemia. Tanto que vemos mais servidores plantando florzinha do que fiscalizando terrenos e casas para acabar com o mosquito.
Uma das medidas que iremos adotar é o Cidadão de Valor. Bairros que reduzirem a infestação do mosquito terão descontos no IPTU. Vamos intensificar as campanhas de conscientização e ampliar o número de agentes.
Sobre o coronavírus, o principal erro foi conduzir o combate ao vírus de forma política e não técnica. Tanto que no início foi criado o Coesp – Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública e disse, categoricamente, que seguiria as recomendações do grupo. No momento seguinte, chegando próximo a eleição, passou a desconsiderar as recomendações do Coesp, provocando uma insegurança muito grande para a população, afetando o comércio e todas as demais atividades econômicas.
Quando assumirmos colocaremos imediatamente um plano de retomada das atividades, baseados em dados técnicos e, em especial, com segurança atendendo todas as recomendações da saúde para evitar a proliferação do vírus que tanto tem prejudicado nossa cidade.
Reajuste do IPTU: Qual a sua opinião sobre como foi feito o último reajuste? E, caso seja eleito, como esse assunto será tratado em seu governo?
O reajuste do IPTU, da forma como foi feito, sem que o contribuinte fosse consultado, foi um absurdo. Houve casos de aumento de mais de 400%. Foi tão brutal que o próprio secretário da Fazenda desta gestão chegou a dizer em entrevista à Rádio Paiquerê que quem não pudesse pagar o Imposto que se mudasse para outros bairros ou cidade.
Tantas pessoas não conseguiram pagar o reajuste que a prefeitura fez vários REFIS e ainda há muita gente sem a menor condição de quitar o imposto.
No nosso governo, não iremos aumentar a alíquota do IPTU e ainda, como comentei em pergunta anterior, daremos descontos para bairros que ajudarem no combate à dengue, que adotarem animais de rua e outras situações que serão definidas.
Qual a sua proposta para a população em situação de rua em nossa cidade?
É um absurdo que, com o orçamento que a Secretaria de Ação Social tem não consiga amenizar a situação destas pessoas que moram na rua. Segundo levantamento feito há alguns meses, passava de mil moradores de rua. Hoje deve ter até mais.
Com raríssimas exceções, ninguém mora na rua porque quer. Por isso temos que promover ações de reinserção destas famílias na sociedade, acolhendo, abrigando e oferecendo alternativas de renda para que elas possam reconstruir suas vidas.
Qual a sua opinião sobre a lei municipal que ficou conhecida como “Lei Seca”?
Toda lei que impõe restrições à liberdade das pessoas traz mecanismos que fazem com que a lei seja burlada e crie ainda uma condição pior. Esta lei seca daqui foi mais uma medida demagógica do prefeito atual que se exime em resolver os problemas verdadeiros da cidade.
O senhor usaria o transporte coletivo em Londrina? Qual a sua proposta para melhorar o serviço?
Usei muito transporte coletivo na juventude. Hoje, como sou empresário e preciso me descolar muitas vezes durante o dia, para vários lugares, uso mais o carro e vez ou outra aplicativos.
O nosso transporte coletivo não é ruim. Mas pode ser melhorado e muito. Uma das soluções é implantar de vez o SuperBus cujo projeto iniciamos quando ainda estava participando da gestão do prefeito Alexandre Kireeff, como seu chefe de gabinete. O SuperBus, que terá faixas exclusivas e um sistema próprio, reduzirá em muito o tempo dos trajetos. O usuário quer rapidez, conforto e economia. Mas é preciso ter vontade política para resolver logo. E isso nós temos.
Como o senhor pretende desenvolver a questão da geração de emprego e renda caso seja eleito?
Esse é o principal projeto que teremos na nossa administração, o Desenvolvimento Econômico. É através do desenvolvimento econômico que podemos gerar novos empregos. Quem está desempregado tem pressa. O emprego traz dignidade para as famílias. Quando estava na administração Kireeff, trouxemos inúmeras indústrias para a nossa cidade, como a Wittur, uma gigante na fabricação de componentes para elevador; a BR Foods que começamos lá atrás, negociando com os empresários que queriam ir para outro estado e os convencemos a vir para Londrina; a Fast Gôndolas, a MRV Log, o Assaí Atacado, o Atacadão, a Kelogs e tantas outras.
Eu sou empresário e sei muito bem o que o empresário deseja para vir para cá. Ele deseja um ambiente favorável, segurança jurídica, infraestrutura e agilidade nos processos, coisa que hoje a prefeitura demonstra-se mais um complicador do que um facilitador para negócios na cidade.
Caso seja eleito, qual importância a Lei de Acesso à Informação e a Transparência terão no seu governo?
Na nossa administração, Londrina terá realmente uma administração transparente. É uma das nossas prioridades. É assim que fazemos nas nossas empresas e na nossa vida e é exatamente isso o que o eleitor deseja. Não podemos mais admitir políticos que escondem a verdade, que mentem o tempo todo. Segundo o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Londrina é apenas a 28ª no ranking de transparência do Paraná e isso é uma vergonha para uma cidade que deseja realmente avançar, se desenvolver e mudar de posição no Estado.
Redação Tem