Eleições 2020: conheça as propostas de Tiago Amaral para Londrina

Tiago Amaral responde as perguntas do TEM.

Foto: Reprodução/Assessoria

Portal Tem Londrina iniciou, na última semana, a publicação das entrevistas com os candidatos a prefeito da cidade. Nesta quarta-feira (04), quem responde as perguntas do TEM é Tiago Amaral (PSB). O candidato compõe chapa tendo como vice Felipe Prochet (PSD). Leia a entrevista:

Como o senhor avalia as medidas adotadas para conter o avanço da dengue e do coronavírus na cidade? Caso discorde, o que o senhor faria diferente?

A dengue não teve controle, e tem avançado especialmente agora com o aumento da temperatura, até agosto eram quase 50 mil notificações, 25 mil confirmadas e mais de 30 mortes. Com a chegada do coronavírus, não só a dengue como outras doenças foram negligenciadas, apesar de não poder entrar nas casas, é preciso manter a campanha de conscientização, cuidar da retirada de entulho, disponibilizar locais para esse fim e de maneira mais ampla.

Já o avanço do coronavírus, pude tomar atitudes rápidas como deputado estadual e fazer a gestão e a busca de recursos. Consegui 20 milhões de reais com o Governo do Estado para a cidade de Londrina, investidos no HU nos leitos especialmente para covid-19, implantando assim o Hospital de Retaguarda que tem sido de grande importância não só para os pacientes da cidade como de toda região, e quando tudo isso passar ainda teremos garantidos os equipamentos para serem usados pelo hospital na maternidade, que estava fechada. Já a política para as atividades produtivas houve uma precipitação, com o início do lockdown muito prematuro, o que prejudicou muito os comerciantes, indústrias, promoveu mais desemprego. Porque essa decisão deixou o tempo de paralisação muito mais longo. E agora vemos a abertura de tudo e as escolas fechadas. Muitas decisões não têm lógica. Idosos podem ir ao supermercado mas as crianças não podem. Acho que Londrina merecia um planejamento mais assertivo, junto com as instituições e a atenção à ciência.

Reajuste do IPTU: Qual a sua opinião sobre como foi feito o último reajuste? E, caso seja eleito, como esse assunto será tratado em seu governo?

Reavaliar a Planta de Valores era necessário, mas não da maneira como foi feita. Ao invés de corrigir, promoveu distorções e injustiças. O projeto enviado à Câmara previa aumentos ainda maiores, que só não ocorreram por negociação do legislativo. Além disso, o dinheiro arrecadado com o IPTU não foi para o benefício da população, tem sido usado para cobrir gastos cada vez maiores promovidos pela prefeitura. Praticamente nada do dinheiro arrecadado com o IPTU foi usado para obras, todas financiadas a longo prazo, com reajustes até mesmo em Euros, o que pode comprometer as finanças da prefeitura ao longo do prazo de pagamento. Além disso, esse aumento abusivo empobreceu a população, tirou dinheiro do bolso das famílias, dinheiro que poderia ser usado no comércio, ou seja, prejudicou o comércio também. Assumindo a prefeitura precisaremos fazer uma séria reavaliação do destino dessa arrecadação, para que ela reverta para o bem dos londrinenses.

Nosso objetivo é gerar mais riquezas e sem depender tanto do IPTU, que hoje é a principal fonte arrecadadora. O projeto para nossa gestão é bonificar, devolvendo parte do imposto pago no formato de crédito em uma moeda virtual, utilizada para compra no comércio local e pagamento de outros impostos do município, devolvendo o IPTU para circulação na economia, sem descapitalizar a prefeitura. Há iniciativas como essa que tiveram sucesso em outros municípios.

 Qual a sua proposta para a população em situação de rua em nossa cidade?

Precisamos primeiro promover a identificação e acolhimento da população de rua, o que não existe hoje. E ter como prioridade de gestão, assumir uma política de trabalho em rede, unindo as secretarias em um planejamento estratégico. A porta de entrada é a assistência social, mas na maioria das vezes depende do atendimento da área de saúde, educação, habitação e profissionalização.  Se não trabalhar junto não tem resultado. Normalmente o apoio a quem está vivendo nas ruas tem que ser integral, olhando para o indivíduo e tudo que o levou a esta situação, exige tempo e envolvimento do setor público e da família, devolvendo uma condição de dignidade. Precisamos envolver ainda mais quem têm dado muito apoio, como igrejas e instituições, promover essa organização voltada para o acolhimento, desenvolvimento integral com todas as políticas sociais.

 Qual a sua opinião sobre a lei municipal que ficou conhecida como “Lei Seca”?

Londrina não é uma cidade para baderna, e não vamos tolerar. Mas precisamos corrigir equívocos da lei, para que não seja desestimulada a atuação de segmentos geradores de emprego e renda. Vamos punir quem quer gerar problemas e deixar trabalhar quem quer trabalhar.

O senhor usaria o transporte coletivo em Londrina? Qual a sua proposta para melhorar o serviço?

A principal reclamação do usuário do transporte público é relativa ao tempo que permanece nele, depois vem outras questões como linhas lotadas, falta de linhas diretas para os terminais – especialmente dos distritos rurais. Quem faz a gestão das linhas e trajetos é a prefeitura, e é preciso ouvir a população, entender suas necessidades e fazer as mudanças necessárias, é mesmo uma questão de gestão. E é o que vamos fazer, revisar tudo e mudar o que precisa.

Como o senhor pretende desenvolver a questão da geração de emprego e renda caso seja eleito?

Temos um grande programa de geração de renda e desburocratização da prefeitura para atendimento rápido ao empreendedor. E vamos focar em ações imediatas para recuperar a economia, criando o cartão família forte que é um grande programa de auxílio para as pessoas que mais precisam. Vamos implantar esse programa logo no início da nossa administração.

Temos os estudos necessários e os recursos virão da redução dos custos da máquina pública. Será para as famílias inscritas no bolsa família e as mais necessitadas, daremos um crédito mensal de até cem reais para compras no comércio local, contribuindo assim para a reaquecimento da nossa economia. É uma forma de modernizar os programas de complemento de renda do município e montar uma rede de proteção social eficiente a partir do programa família forte. É obrigação da prefeitura em socorrer quem tem necessidades urgentes como alimentação. O complemento de renda será dado em moeda digital e liberado por meio de cartão magnético, para compras no comércio local para alimentação. Cada real investido em um programa como esse tem um efeito multiplicador, estimula o comércio, gera emprego e vira 1,70 real na economia como um todo.

Teremos também um Centro Administrativo de Desenvolvimento Econômico inovador, uma estrutura única que será o endereço de todos que querem dar andamento imediato na instalação ou ampliação de seus negócios em Londrina. Vamos concentrar setores das principais secretarias, dentro do modelo de grupos multisetoriais. Um local novo, onde o empresário será atendido do início ao fim de suas demandas. A proposta é de um centro digital, com equipamentos modernos, sistemas eletrônicos atualizados, fluxos claros e servidores das secretarias envolvidas preparados para esse novo ambiente. Será criada uma divisão de projetos e captação de recursos. Será um centro administrativo com um banco de projetos, utilizados para agilizar a captação de recursos e a execução de obras e reformas. O propósito é o aumento de empregos e riquezas gerados pela atração de indústrias e outras atividades econômicas. Várias cidades adotaram esse modelo com sucesso e faremos isso em Londrina também.

Caso seja eleito, qual importância a Lei de Acesso à Informação e a Transparência terão no seu governo?

Terá total importância, não se faz um governo sem ouvir as pessoas e sem dar publicidade e transparência aos seus atos públicos. Qualquer pessoa tem o direito de saber como a prefeitura está planejando, suas ações e prioridades, e onde tem gasto o dinheiro público. Nenhum gestor será bom se ficar trancado em um gabinete, sem ouvir os cidadãos.

Redação Tem



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