O Brasil conquistou um feito inédito no 41º Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, disputado no Rio de Janeiro, neste sábado (23): a primeira medalha da história do conjunto em Mundiais. Além do pódio, também foi a primeira vez que o Brasil se classificou para duas finais em uma mesma edição da competição.

Diante de uma Arena Carioca lotada, o Brasil somou 55.250 pontos e garantiu a prata no conjunto geral. O Japão ficou com o ouro (55.550), e a Espanha completou o pódio com o bronze (54.750). Ao som de “Evidências”, o conjunto conquistou 27.850 pontos na série com 3 arcos e 2 bolas, emocionando o público. Na sequência, voltou à arena com a série das cinco fitas, em uma coreografia que celebrou a cultura brasileira, alcançando 27.400 pontos.

As ginastas Duda Arakaki, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves, de Curitiba, e Nicole Pircio, que mora e treina em Londrina, foram ovacionadas pelo público, que entoou o Hino Nacional junto às atletas na cerimônia de premiação.

A equipe é comandada pela treinadora londrinense Camila Ferezin, tendo a conterrânea Bruna Martins como auxiliar técnica.

“É muito bom ver nosso sonho sendo realizado depois de tantos anos de trabalho. Deus é tão maravilhoso que colocou a gente dentro da nossa casa, cheia de torcida, familiares e com o nosso time no mais alto nível. Foi a chance da nossa vida e, graças a Deus, com muito trabalho conseguimos essa medalha”, celebrou a treinadora Camila Ferezin em coletiva de imprensa após a cerimônia de pódio.

“A torcida é única e singular, foi muito especial. O dia 23 de agosto de 2025 será uma data que nunca iremos esquecer. Nós arrastamos uma legião de brasileiros para cá. Nada melhor do que estar na nossa casa, com nosso povo, nossa família, nossos amigos, clubes e fãs de todo o Brasil. O Brasil é isso: é amor, é carinho, é acolhimento, é sorriso. E a gente sentiu tudo isso”, destacou a londrinense Bruna Martins, auxiliar técnica.

“Como em todos os momentos da nossa vida, os bons e os ruins, a gente superou trabalhando — e dessa vez não seria diferente. A medalha chegou para concretizar tudo o que trabalhamos nesses anos. Brigamos por medalha em etapas de Copa do Mundo, Mundial, e ela chegou”, comemorou Duda Arakaki, capitã da Seleção.

Até então, o melhor resultado do conjunto em Mundiais havia sido na última edição, em Valência, na Espanha. Na ocasião, o Brasil garantiu vaga nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e terminou a série com cinco arcos na quarta posição, nos critérios de desempate.

Com o resultado deste sábado, o Brasil também assegurou presença nas finais por aparelho, que acontecem neste domingo (24): às 12h50, na série com cinco fitas, e às 15h50, na série mista (3 arcos e 2 bolas).

“A adrenalina está lá em cima, mas nós treinamos para isso. É mais um feito para o Brasil, porque conseguimos duas finais pela primeira vez. Agora é chegar no hotel, descansar e voltar com séries ainda mais bonitas para fazer mais história para o nosso país”, disse a londrinense Nicole Pircio.

O Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica é transmitido pelo streaming na Cazé TV, pelo canal fechado SporTV e pela Rede Globo na TV aberta.