Os avanços do futebol feminino brasileiro

Aline Pellegrino, coordenadora de competições da CBF, fala novas ações que visam o desenvolvimento do futebol entre as mulheres no país.

Pia Sundhage durante treino da seleção feminina – Foto: Mariana Sá/CBF

Com o fim do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino em dezembro, foi possível perceber alguns avanços da modalidade esportiva ao longo do ano que acabou de acabar. O campeonato tem sido encarado como um “divisor de águas” na luta das mulheres para terem o mesmo tratamento que os times masculinos no esporte, frutos que foram plantados desde 2019.

Um dos passos importantes foi a contratação de Pia Sundhage para comandar a seleção brasileira. Umas das maiores técnicas da história da modalidade, com três medalhas olímpicas: duas de ouro com os Estados Unidos, uma de prata com a Suécia. A contratação foi ao encontro de uma solicitação antiga: mulheres a frente do comando do futebol feminino brasileiro.

A partir de então, outras mulheres foram sendo escolhidas para ocuparem posições de destaque dentro dos times.

Entre as novas contratações também está Aline Pellegrino, como coordenadora de competições da seleção. Para ela, a nova gestão da CBF tem dado mais atenção e destaque às mulheres. “É uma questão estratégica para o desenvolvimento do futebol feminino”, disse Aline em entrevista ao blog da Betway, site de apostas esportivas online.

Aline Pellegrino, em entrevista ao Betway – Foto: Reprodução/Betway

Uma das ações que também deve ajudar a garantir justiça, é a remuneração das atletas com a equiparação salarial de jogadores e jogadoras das duas seleções do Brasil. Mais uma vez, um feito notado mundialmente.

Para Aline, embora o trabalho seja feito com planejamento a longo prazo, os primeiros passos já foram dados. “Obvio que isso é um processo de longo prazo. Mas, após a chegada da Pia, as comissões técnicas da seleção sub-20, sub-17, já ganharam outras mulheres”, explica.

“Tudo isso mostra realmente o quanto a confederação brasileira, nesse momento, vê o futebol feminino como pilar estratégico dentro das suas ações”, complementa Aline.

Um pontapé importante para a transformação necessária, que teve ainda a chegada de patrocinadores fortes, partidas sendo disputadas em grandes estádios, a utilização do VAR a partir das semifinais da principal competição brasileira, com isso, fez-se história ao ter o primeiro campeonato feminino nacional do mundo a utilizar a tecnologia de vídeo.

Ano foi positivo para o desenvolvimento do futebol feminino – Foto: Mariana Sá/CBF

A CBF também lançou um uniforme exclusivo para a seleção feminina, sem as cinco estrelas no símbolo que representavam os títulos mundiais conquistados pelos homens. Uma demonstração de respeito com aquelas que se dedicam a levar a qualidade e o talento do futebol feminino brasileiro pelo mundo afora.

Favoritismo

As mulheres, que já foram favoritas no passado, tem agora, a chance de retornar à elite do futebol mundial.

Com o novo e arrojado projeto da CBF, as seleção feminina pode voltar a deter esse favoritismo, voltando a figurar entre as principais escolhas em sites de apostas online, com lugar reservado nos pódios e medalhas garantidas em todas as competições que participar.

Redação Tem