Empresário londrinense pega 17 anos de prisão por financiar atos golpistas

Supremo condenou londrinense por financiar quatro ônibus com 153 pessoas que saíram de Londrina rumo a Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

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Imagem: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta semana, o empresário londrinense Pedro Luís Kurunczi pelo financiamento de quatro ônibus que levaram 153 pessoas de Londrina à capital federal, ao custo de R$ 59 mil, durante os ataques do 8 de janeiro, em Brasília. Ele foi condenado a 17 anos de prisão, sendo 15 anos e seis meses em regime fechado.

Kurunczi é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsável pela viagem que tinha como intuito desestabilizar o Estado Democrático de Direito e depor o presidente eleito.

Londrinenses chegando em Brasília – Imagem: Reprodução/TemWhats

Ele é o primeiro réu julgado na condição de financiador da invasão das sedes dos Três Poderes. Segundo o voto de Moraes, o empresário não só custeou parte das estruturas dos ataques, como desempenhou “função indispensável na empreitada criminosa” ao contratar os ônibus.

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Kurunczi teve “ativa contribuição” para viabilizar os atos, frequentando um acampamento de teor golpista montado em frente ao Tiro de Guerra de Londrina, na região leste da cidade.

Imagem: Rosinei Coutinho/STF

A defesa do empresário nega que ele tenha financiado os ataques, alegando que sua participação se limitou a frequentar o acampamento — que, segundo os defensores, era pacífico — e a “tomar preços” para o fretamento dos veículos. A PGR defendeu evidências de tentativa de ocultar a origem do dinheiro, com transferências bancárias feitas pela mãe do réu para sua conta pessoal.

A pena foi determinada por Moraes e acompanhada pela maioria dos ministros, com voto divergente apenas de Luiz Fux. O julgamento ocorreu no plenário virtual da Primeira Turma do STF.

Redação Tem Londrina