Empresário londrinense pode pegar 17 anos de prisão por atos golpistas

Moraes votou para condenar londrinense acusado de financiar ônibus que saíram de Londrina.

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Imagem: Reprodução/PCGO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (27), pela condenação do empresário londrinense Pedro Luís Kurunczi a 17 anos de reclusão acusado de promover o financiamento dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Kurunczi é o primeiro réu julgado na condição de financiador da invasão das sedes dos Três Poderes. Segundo o voto de Moraes, o empresário não só custeou parte das estruturas dos ataques, como desempenhou “função indispensável na empreitada criminosa” ao contratar quatro ônibus que transportaram mais de 150 pessoas de Londrina até a capital federal.

Imagem: Joedson Alves/Agência Brasil

Em seu voto, o ministro justificou que as mensagens apreendidas em aparelhos de Kurunczi mostram participação ativa na organização do movimento — incluindo convocações para a “tomada” do Congresso e apoio explícito a uma intervenção militar. A defesa afirmava que os valores vieram de doações espontâneas em acampamentos, mas Moraes apontou que transferências bancárias da mãe do réu para sua conta pessoal, seguidas do pagamento às empresas, demonstram tentativa de ocultar a origem dos recursos.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia pedido a condenação, argumentando que Kurunczi desestabilizou o Estado Democrático de Direito ao financiar a mobilização. Ele é acusado de associação criminosa armada, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Imagem: Reprodução/STF
Londrinenses chegando em Brasília antes dos atos golpistas – Imagem: Reprodução/TemWhats

O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e deve ser concluído até agosto, após o recesso judicial. Os votos dos demais ministros ainda não foram computados, e a sentença só será final após a conclusão do processo.

Redação Tem Londrina