Idosa passa mal durante reintegração de posse em Londrina
Uma idosa passou mal durante a reintegração de posse de uma residência nesta quarta-feira (28), no Conjunto Heimtal, região norte de Londrina. O oficial de justiça chegou ao local com a ordem de despejo, determinada pelo juiz Valério Vieira, da 1ª Vara de Fazenda de Londrina.
Ao saber que seria despejada, Ermínia Soares de Oliveira, de 74 anos, teve uma queda de pressão e inicialmente foi atendida por enfermeiras da Secretaria de Saúde de Londrina, que acompanhavam a ação.
A idosa e o filho se negavam a sair do terreno que possui duas casas que foram construídas na década de 80. Segundo o filho de dona Ermínia, que nasceu na casa, a prefeitura poderia ter solucionado o problema – o processo tramita desde 2007 – e não propôs outras medidas para reparar a saída dos dois. Ele ainda afirmou não ter para onde ir. O município pretendia encaminhar sua mãe à um albergue da cidade.
Dona Ermínia disse que aceitava sair do local caso houvesse um acordo, mas segundo ela, a prefeitura não o concretizou. “A prefeitura disse que me daria uma casa, pra eu sair daqui, mas até agora nada.” A idosa afirmou que não queria ser enviada para um albergue, “eu tenho meu salário, eu vivo às minhas custas, não quero viver na casa de ninguém. Quero a minha casa”, disse.
Decisão
A casa foi doada à Ermínia pela Companhia de Terras Norte do Paraná em 1984. A prefeitura solicitou na justiça a desapropriação do espaço em 2007, tendo a decisão julgada em 2011. O município afirma ter interesse em dar continuidade na pavimentação da rua Emílio Kisser que passa pelo terreno da idosa.
Prefeitura
O representante da prefeitura no local afirmou que houve a tentativa de resolver a situação anteriormente, porém a dona do espaço, Ermínia, não teria aceitado nenhuma das propostas realizadas pelo município.
Casas foram demolidas após saída de moradora – Foto: Deivid Wisley
Idosa
Dona Ermínia precisou ser encaminhada ao Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e depois foi levada até um albergue. Após a saída dos moradores, a casa foi demolida. Os advogados da idosa afirmaram no local, que seguirão acompanhando o caso em busca de garantir os direitos da moradora e seu filho.
Redação Tem