Júri condena indígena que matou ex-companheira a 19 anos de prisão

Crime ocorreu em Tamarana, na região metropolitana de Londrina, em 2019.

Imagem: Reprodução

O Tribunal do Júri decidiu condenar, na noite desta quarta-feira (20), o réu Ailton Jacinto Camargo por 19 anos e três meses de prisão em regime fechado, pela morte da companheira Marli Piraí, de 21 anos. Ambos são indígenas e estavam na Reserva do Apucaraninha, em Tamarana, no dia do crime, ocorrido em 20 de abril de 2019.

Ailton foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por feminicídio, além dos agravantes de motivo torpe e meio cruel. A maioria dos jurados decidiu pela condenação do acusado.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o réu teria aplicado diversos golpes contra a vítima, chegando a atingir a cabeça de Marli de maneira brutal.

A defesa pedia que Ailton não fosse submetido ao Código Penal Brasileiro, já que teria sido expulso definitivamente das comunidades que residia.

“Em que pese as culturas indígenas terem suas próprias regras e costumes, por vezes diversas do Estado nacional, o Néias defendem os direitos humanos de todas as mulheres e meninas. Marli sofreu várias agressões físicas, todas as mulheres a sua volta sabiam do ciúme exacerbado de seu companheiro, mas mesmo assim nunca houve a comunicação dessas violências para as autoridades policiais”, manifestam as integrantes do Observatório de Feminicído de Londrina.

Redação Tem