Acusado de tentar matar ex-esposa pega 6 anos no semiaberto em Londrina

Decisão proferida pelo Tribunal do Júri.

Imagem: Reprodução

O Tribunal do Júri de Londrina condenou, nesta terça-feira (22), o réu Osmair Martins Esteves a uma pena de 6 anos, com início de cumprimento em regime semiaberto, pela tentativa de homicídio de Ediane Alves Barbosa, ocorrida em dezembro de 2010. A denúncia não tratava de feminicídio pelo fato do crime ter sido cometido antes da promulgação em 2015, mas, de acordo com a acusação, tem todas as características previstas atualmente pela lei.

Segundo o Ministério Público (MP), em 2010, Ediane, então com 29 anos de idade, e Osmair, então com 40 anos, viviam juntos há 12 anos e tiveram dois filhos, na época com 7 e 12 anos de idade. A família residia em um sítio no Distrito São Luiz, área rural de Londrina. Na noite de 22 de dezembro, o casal voltava de carro da casa da família dela e já no percurso ele começou as ameaças de matá-la. Em casa, o acusado prosseguiu com a discussão, o que progrediu para agressões e tentativa de feminicídio. Osmair teria tentado esganá-la, desferiu-lhe murros, quebrou um cabo de vassoura nela, pegou um facão, golpeando-a na mão, e, por fim, usou uma espingarda para disparar dois tiros contra a mulher, sendo que um deles atingiu-a no braço.

Mesmo ferida, Ediane conseguiu fugir da cena, esconder-se no mato, e chegar à casa de uma amiga em um sítio vizinho, onde foram acionados o socorro médico e o atendimento policial. Com a fuga e o socorro, ela sobreviveu à tentativa de feminicídio.

Um filho de 6 anos de idade estava na casa e presenciou a violência contra a mãe.

Com uma demora de 12 anos, a sessão de julgamento aconteceu para esta terça-feira, a partir das 9 horas, no Tribunal do Júri em Londrina.

“A condenação ínfima corresponde a um processo moroso, com falhas cruciais na fase de diligências. Sequer laudo de lesões corporais da vítima foi feito na época. Hoje, quase 13 anos depois, quais mudanças já ocorreram nas vidas dos envolvidos? Um dos filhos, que presenciou parte da cena aos 6 anos, hoje é um adulto”, escreveu em nota o Observatório de Feminicídios (Néias).

Redação Tem Londrina com Assessoria



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