Morador do Norte do PR está entre os primeiros julgados por atos golpistas
Jovem julgado pelo STF, deixou a esposa grávida para ir até Brasília. Ele se definiu como "bolsonarista" e "nacionalista".
O Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando, nesta quarta-feira (13), os quatro primeiros entre os 1.390 denunciados pela invasão aos prédios da Praça dos Três Poderes, nos atos golpistas de 8 de janeiro. Entre os réus estão dois paranaenses, um deles morador de Apucarana, no Norte do Paraná.
Os acusados são os militantes bolsonaristas Moacir José dos Santos, 52 anos, de Cascavel, e Matheus Lima de Carvalho Lázaro, de 24 anos, morador de Apucarana.
Matheus foi para Brasília e deixou a esposa grávida em casa. Ele mandou diversas mensagens e áudios para ela durante a invasão (veja as mensagens abaixo). Durante a prisão, ele portava uma faca, jaqueta militar e uma camiseta da seleção brasileira. Durante o depoimento, Matheus se definiu “bolsonarista” e “nacionalista”.
Nos áudios que enviou à esposa, ele defendeu que os manifestantes tinham que “quebrar tudo” para o Exército “entrar e tomar o poder”. As mensagens estão registradas na investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (DF).
O rapaz disse à polícia que trabalha como entregador. No início do ano, por não ter advogados particulares, ele foi assistido pela Defensoria Pública da União (DPU). Porém, conforme afirmação da DPU ao TEM, desde terça-feira (12) o réu passou a contar com uma advogada particular para a sustenção oral no processo.
Outro paranaense
Já o cascavelense Moacir José dos Santos, foi preso no Planalto e teve a presença no local comprovada por análise de material genético que deixou no local, segundo a Procuradoria Geral da República (PGR).
Outra prova seria um vídeo gravado no interior do prédio pelo próprio invasor.
Ele foi solto no início de agosto por ordem de Alexandre de Moraes. A defesa afirma que a presença do denunciado no Planalto não comprova que ele cometeu qualquer crime.
Réus e crimes
Os outros dois são Aécio Lúcio Costa Pereira e Thiago de Assis Mathar. Apenas Moacir está solto, os demais continuam detidos.
Todos eles respondem por cinco crimes: associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
As penas somadas podem superar 30 anos de prisão.
Redação Tem Londrina