Polícia Federal deflagra operação contra desvios de recursos públicos em Universidade

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13), juntamente com o Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União e a Receita Federal, a “Operação 14 Bis”, com o objetivo de investigar a atuação de gestores e empresas que se uniram para fraudar licitações e contratos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro. Há indícios de irregularidades de cerca de R$ 5,7 milhões.

Cerca de 90 Policiais Federais e servidores da CGU e Receita Federal cumprem 20 mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão. A ação é realizada nas cidades de Uraí, Cornélio Procópio, Nova América da Colina e Maringá. As investigações apontaram irregularidades graves em contratos firmados entre a UTFPR-CP e empresas que prestaram serviços de manutenção predial, de ar-condicionado, de veículos, fornecimento de materiais de construção e serviços de reprografia.

Foto: Internet

Entre os presos estão o ex-diretor-geral do campus, Devanil Antônio Francisco, e o ex-diretor de Administração e Planejamento, Sandro Rogério de Almeida.

Os presos serão conduzidos à Delegacia de Polícia Federal aqui em Londrina, onde vão permanecer à disposição da Justiça. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, crimes contra o processo licitatório, sem prejuízo de outras implicações penais a serem constatadas.

Irregularidades
Entre as irregularidades estão a suspeita de obtenção de informação privilegiada, formação de grupo econômico, uso de documento potencialmente falso ou insuficiente para atesto de capacidade técnica, pagamentos superiores aos valores contratados, superfaturamento, sobrepreço, frustração de concorrência, suspeita de pagamento de materiais não recebidos ou desviados, entre outros. Segundo as autoridades, a UTFPR recebeu denúncia relativa aos fatos apurados na operação e imediatamente adotou medidas em âmbito administrativo, como a realização de auditorias, além da demissão, mediante Processos Administrativos Disciplinares, de dois servidores envolvidos nas fraudes.
O nome da operação é uma alusão à empresa criada para facilitar os desvios.



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