STF manda bloquear contas de blogueiro de Londrina em operação sobre fake news

Londrinense ao lado do presidente Bolsonaro – Foto: Reprodução

Ativistas bolsonaristas devem ter as contas em redes sociais bloqueadas por uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida faz parte das ações deflagradas nesta quarta-feira (27) motivadas pelo inquérito das Fake News, conduzido pelo ministro.

Alexandre de Moraes alegou que “o bloqueio em contas de redes sociais (…) é necessário para interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”. A determinação foi para bloquear as contas de Allan dos Santos, dono do site “Terça Livre”; Sara Winter, blogueira e ativista.

Entre os nomes está o blogueiro e youtuber londrinense Bernardo Kuster, editor do site “Brasil Sem Medo”.

O ministro ainda determinou ao Twitter que forneça no prazo de cinco dias a identificação de outros perfis nas redes sociais – “@bolsoneas”, “@patriotas” e “@taoquei1” estão entre os citados.

Buscas em casa

Pela manhã, a Polícia Federal já cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de apoiadores do presidente do Jair Bolsonaro (sem partido), entre eles, empresários, deputados e blogueiros no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

Em Londrina, o alvo foi a residência do jornalista Bernardo Pires Küster. Segundo afirmou Küster em um vídeo publicado nas redes sociais, agentes da Polícia Federal (PF) chegaram na residência dele por volta das 6h desta quarta-feira (27). Ele relatou que os policiais apreenderam celulares, um computador, um tablet e um HD externo.

Bernardo Küster é um blogueiro e youtuber conhecido nacionalmente pelas posições conservadoras, além de apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o perfil dele no Twitter, ele é diretor de opinião do Brasil Sem Medo, publicação ligada ao escritor Olavo de Carvalho.

Inquérito das Fake News

O inquérito das Fake News está apurando o uso das redes sociais por apoiadores de Bolsonaro para a disseminação de notícias falsas. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a suposta associação criminosa seria dedicada a “disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante de conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.

Alexandre de Moraes afirma que recebeu o relato de que “essa estrutura, aparentemente, está sendo financiada por um grupo de empresários que, conforme os indícios constantes dos autos, atuaria de maneira velada fornecendo recursos (das mais variadas formas), para os integrantes dessa organização”.

Redação Tem com Folhapress