Ataque a hospital em Gaza deixa mais de 500 pessoas mortas
Um ataque de Israel contra um hospital em Gaza causou centenas de mortes nesta terça-feira (17). Segundo informações do Ministério da Saúde, o número de vítimas fatais já passa de 500.
O Hospital Árabe Al-Ahli abrigava diversas famílias feridas em bombardeios ocorridos em Gaza. De acordo com as primeiras imagens divulgadas, muitas mulheres e crianças estão entre as vítimas.
A Defesa Civil Palestina chegou a declarar que o ataque israelense ao hospital em Gaza foi o mais mortífero em cinco guerras travadas desde 2008.
“O massacre no Hospital Al-Ahli Arab não tem precedentes na nossa história. Embora tenhamos testemunhado tragédias em guerras e dias passados, o que aconteceu esta noite equivale a um genocídio”, disse o porta-voz do órgão palestino Mahmoud Basal à rede de TV Al Jazeera.
Ainda conforme relatos de autoridades locais, centenas de pessoas permanecem presas sob os escombros.
A porta-voz da Cruz Vermelha nos países muçulmanos, Nebal Farsakh, observou que muitos dos que se reuniram no Hospital al-Ahli, na cidade de Gaza, estavam atendendo à exigência israelense de evacuação, mas não puderam viajar para o sul. “Muitas pessoas estão perguntando por que esse número é tão alto. Porque são palestinos que procuraram refúgio em frente ao hospital. Eles pensaram que estariam em um local mais seguro em frente a um hospital. Mas este não é o caso em Gaza, este não é o caso na Palestina”, disse.
“Aqueles que estavam em frente ao hospital foram obrigados a deixar suas casas sob ordem de evacuação. Eles não têm sequer condições de evacuar para o sul. Há destruição completa da infraestrutura e do transporte […] Isso é genocídio. Isto é um crime de guerra”, acrescentou Nebal Farsakh.
O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto após os ataques aéreos israelenses ao Hospital Árabe al-Ahli, em Gaza, informou a agência de notícias WAFA.
Redação Tem Londrina