Juliana Marins morreu 4 dias após ter caído em vulcão, diz legista

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Imagem: Reprodução/Arquivo pessoal

O médico legista Ida Bagus Alit, responsável pela autópsia de Juliana Marins, turista brasileira de 26 anos que morreu após cair em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, apontou uma contradição importante em relação às informações divulgadas pelas autoridades locais. Segundo ele, a jovem morreu apenas na quarta-feira (25), e não no sábado (21), data da queda inicial.

A declaração do médico, divulgada nesta sexta-feira (27) pela BBC News Indonésia, contradiz o relatório oficial da Basarnas — a agência nacional de resgate da Indonésia —, que havia informado que Juliana morreu “cerca de 20 minutos após a queda”. No entanto, o laudo não esclarecia a qual das quedas se referia, já que a brasileira teria sofrido novas quedas ao longo dos dias em que esteve presa em um desfiladeiro, entre os dias 21 e 25 de junho.

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Imagem: Reprodução

Juliana chegou a ser filmada ainda com vida por drones de resgate dias após o acidente. Testemunhos e imagens indicam que ela mudou de posição no desfiladeiro ao longo dos dias, o que confirma que ela resistiu por mais tempo do que inicialmente informado. A Basarnas reconheceu que ela já estava sem vida na noite de terça-feira (24), quando foi localizada, mas não especificou a hora exata da morte. Já o legista afirmou que ela teria morrido entre 1h e 13h da quarta (25), horário local — o que corresponde entre 14h de terça e 2h de quarta pelo horário de Brasília.

“Há uma diferença de cerca de seis horas em relação ao horário declarado pela Basarnas. Isso se baseia em dados médicos”, disse Alit, reconhecendo o desencontro de informações.

A nova versão reforça críticas de que houve demora no resgate e que Juliana poderia ter sido salva se o resgate tivesse sido mais rápido.

Redação Tem Londrina