Submarino argentino desaparecido há um ano é localizado

O submarino argentino Ara San Juan S-42 desaparecido há um ano no Oceano Atlântico com 44 pessoas a bordo foi localizado neste sábado (17), informaram o Ministério da Defesa e a Armada Argentina pelo Twitter. Ele foi achado a leste da Península Valdés, na Patagônia argentina, a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia, onde havia sido montado o centro de operações durante a busca.

No início da tarde, o ministro da Defesa, Oscar Aguad, informou que o país não dispõe de tecnologia para retirar o submarino a 907 metros, e que houve implosão da embarcação no leito do mar.

“O Ministério da Defesa e a Armada Argentina informam que, após investigar o ponto de interesse nº 24 reportado pela Ocean Infinity, através da observação feita com um ROV a 800 metros de profundidade, foi dada identificação positiva ao Ara San Juan”, diz o comunicado.

A Armada disse que as famílias dos tripulantes foram comunicadas da localização antes da postagem no Twitter. Ainda não há informações sobre o estado em que fora encontrado o submarino.

Na noite de quinta-feira (16), a Ocean Infinity, empresa norte-americana encarregada da busca ao submarino e que deverá receber US$ 7,5 milhões pelo achado, noticiou ter encontrado um objeto (“ponto de interesse”) a 907 metros de profundidade e com aproximadamente 60 metros que poderia ser o equipamento desaparecido. A possibilidade se confirmou.

A Ocean Infinity, que fazia buscas há dois meses – tempo mínimo que, por contrato, essa empresa americana deveria operar para achar o submarino -, chegou a informar nesta semana que abandonaria a expedição, pelo menos de forma temporária, para partir para a África do Sul. A empresa voltou atrás, no entanto, depois que o referido ponto de interesse foi identificado nesta quinta.

As buscas vinham sendo realizadas com o barco norueguês Seabed Constructor, onde viajavam também três familiares dos desaparecidos.

Conforme relevado em reportagem publicada pelo Portal UOL quinta-feira (15), a expedição em andamento foi iniciada em setembro por pressão dos parentes dos tripulantes, que tinham esperança de alcançar um ponto ainda não investigado pelas equipes anteriores.

“Não estava no planejamento da empresa, mas eles ouviram a nossa opinião, e vamos ver isso”, contou à reportagem Luis Tagliapietra, pai de um dos tripulantes e advogado.

Foram vários os atos dos familiares pressionando por novas expedições. Eles chegaram a acampar por 52 dias na praça de Maio, em Buenos Aires, e alguns até se acorrentaram às grades que protegem a Casa Rosada, sede do Executivo, dizendo que só se soltariam se o governo se comprometesse a não interromper as buscas.

Veja os detalhes do submarino

Na segunda-feira (12), parentes acusaram o governo da Argentina de mentir sobre o caso, dizendo terem percebido “ocultação” de informações e “um Estado totalmente ausente”. O pai de uma das vítimas também disse que o Executivo vinha dificultando a investigação judicial que busca esclarecer o desaparecimento.

O submarino partiu da base militar de Ushuaia, no sul da Argentina, em 13 de novembro de 2017, tendo como destino Mar del Plata. Mas, dois dias depois, em 15 de novembro, a embarcação perdeu a comunicação com os militares em terra, a uma distância de 430 quilômetros da Península Valdés.

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