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Flexibilidade e propósito: o que as empresas estão oferecendo para manter talentos por perto?

Para responder às novas expectativas dos profissionais e fortalecer vínculos de longo prazo, as empresas precisam rever suas estratégias de benefícios.

Imagem: Reprodução/Freepik

Nos últimos anos, o mercado de trabalho brasileiro passou por mudanças profundas, impulsionadas tanto pelo avanço da tecnologia quanto pelas transformações sociais. Entre as principais tendências, duas têm se destacado como determinantes para a retenção de talentos: a flexibilidade e o propósito. 

Hoje, empresas que desejam manter seus profissionais engajados e leais precisam ir além da remuneração, oferecendo condições que alinhem a rotina de trabalho às expectativas de vida e valores individuais.

Ascensão da flexibilidade no ambiente de trabalho

A pandemia de Covid-19 acelerou a adoção do trabalho remoto e híbrido, e esse movimento não perdeu toda a força. Para muitos profissionais, a flexibilidade de horário e de local de trabalho virou um dos principais critérios na escolha de onde construir carreira. 

As organizações que permitem maior autonomia para conciliar vida pessoal e profissional ganham vantagem, já que demonstram respeito às necessidades individuais. Com isso, empresas de diferentes portes e setores passaram a estruturar políticas que oferecem jornadas mais adaptáveis, reduzindo a rigidez dos modelos tradicionais. 

Esse movimento inclui a possibilidade de home office integral ou parcial, escalas personalizadas e até a semana de quatro dias, já testada em alguns países e em iniciativas isoladas no Brasil. Essa abertura não apenas atrai, mas também contribui para reduzir a rotatividade, já que colaboradores sentem-se mais satisfeitos com a liberdade conquistada.

Propósito como fator de engajamento

Se a flexibilidade responde a uma demanda prática do dia a dia, o propósito atua no campo emocional. Trabalhadores, especialmente das novas gerações, querem se conectar a empresas que compartilhem valores alinhados aos seus. Questões como sustentabilidade, responsabilidade social e diversidade ganharam protagonismo e influenciam diretamente na decisão de permanecer em uma organização.

Companhias que investem em projetos sociais, pautas ambientais ou iniciativas de inclusão reforçam sua identidade e demonstram compromisso além do lucro. Isso gera engajamento e orgulho de pertencimento, dois elementos que impactam diretamente a produtividade e a motivação. O vínculo emocional criado pelo propósito pode ser tão poderoso quanto os benefícios financeiros.

Pacotes de benefícios repensados

O conceito de flexibilidade também chegou a gestão de benefícios, antes compostos por modelos engessados. Hoje, cresce a oferta de opções personalizáveis, permitindo que cada colaborador escolha o que melhor atende às suas necessidades. Planos de saúde com diferentes categorias, auxílio educação, apoio psicológico, benefícios voltados ao bem-estar e até créditos flexíveis para alimentação e mobilidade são algumas das alternativas.

Essa diversidade mostra que as empresas estão atentas ao fato de que não existe um perfil único de colaborador. A possibilidade de adaptar benefícios reforça a sensação de valorização e contribui para que cada profissional perceba seu espaço dentro da cultura organizacional.

Equilíbrio entre desempenho e qualidade de vida

Outro ponto que tem recebido atenção é a relação entre produtividade e saúde. Cada vez mais companhias investem em programas de apoio à saúde mental, atividades físicas e acompanhamento nutricional. A mensagem transmitida é clara: cuidar das pessoas é parte da estratégia do negócio.

Esse cuidado promove bem-estar, reduz índices de afastamento e melhora os resultados coletivos. Afinal, colaboradores que se sentem amparados tendem a se dedicar com mais energia às atividades diárias.

Para bons talentos ficarem

No fim das contas, o recado é claro: manter talentos por perto depende de enxergar o colaborador como protagonista e oferecer condições que dialoguem com suas necessidades e expectativas. Essa mudança de perspectiva pode ser o diferencial para garantir relevância e longevidade em um ambiente corporativo em constante transformação.

Redação Tem Londrina com Assessoria


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