Audiência pública em Londrina discute projeto de 15 novas praças de pedágio

De autoria do governo federal, proposta é de que novo contrato dure 30 anos.

Imagem: Reprodução

Uma audiência pública será realizada nesta quinta-feira (11) para discutir o projeto do governo federal que propõe a instalação de mais 15 praças de pedágio no Paraná. O evento é organizado pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio no Paraná, da Assembleia Legislativa do estado (ALEP), e tem o objetivo de discutir com a população o novo modelo de concessão proposto pelo governo Bolsonaro. A audiência vai começar às 9h, no Parque de Exposições, em Londrina, com transmissão virtual em tempo real.

Para o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT), o modelo apresentado pelo governo federal não é o melhor para a população.  â€œO modelo divulgado parece positivo, mas não é assim. Ele impõe um limitador de descontos e cria mais 15 novas praças de pedágio. Hoje, para se deslocar entre Maringá e Curitiba custa em torno de R$ 69. Com a proposta, vai para R$ 58. Um desconto de R$ 10 em 30 anos. Vamos juntar forças para impedir que isso aconteça 1¤7, declarou.

Deputados discutem projeto que propões instalação de mais 15 praças de pedágio no Paraná – Imagem: Divulgação/ALEP

O objetivo da Frente Parlamentar é levantar a discussão sobre o assunto em todas as regiões do estado.

O modelo

De acordo com a nova proposta, mantém-se a cobrança de taxa de outorga e se limita o desconto máximo que os concorrentes podem apresentar. No documento entregue à bancada federal do Congresso Nacional, o primeiro critério da licitação é o desconto nas tarifas. Esse desconto está fixado entre 15% a 17%, dependendo do lote.

O estudo apresentado prevê a licitação de mais de 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais em seis lotes. Serão 42 praças de pedágio, 15 a mais das atualmente existentes. A previsão é de que sejam investidos R$ 42 bilhões e que em 10 anos sejam duplicados mais de 1,8 mil quilômetros de vias.

As novas praças devem ser ativadas no segundo ano do novo contrato das concessões, provavelmente ao final de 2022. O novo contrato prevê que os paranaenses paguem pedágios por pelo menos mais 30 anos, já que o acordo se estenderia até 2051.

Na análise da Frente Parlamentar, o governo deverá compensar a suposta redução nos valores das tarifas com a construção de novas praças. “Eles dizem que vão abaixar a tarifa, mas apenas em lugares que têm pouco fluxo e irão criar novas praças ao entorno destas localidades, para recuperar esse dinheiro 1¤7, diz Chiorato.

O deputado Tercílio Turini (CID) também questiona o modelo proposto e ressalta a importância das audiências públicas. “Temos de realizar audiências públicas para pressionar. Já vimos esse filme. Podemos sair de um pesadelo de 24 anos para entrar em um de 30 anos 1¤7, declarou.

Redação Tem


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