Londrina é a 2ª cidade do Paraná com mais mortes em ações policiais
Mortes em confrontos com policiais cresceram 9,74% em 2021.
O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), divulgou nesta quarta-feira (27) um levantamento com o número de mortes em confrontos com policiais civis e militares e guardas municipais durante o ano passado em todo o estado.
De acordo com os números, foram 417 mortes em 2021 (sendo 211 no primeiro semestre e 206 no segundo). O número indica um aumento de 9,74% em relação ao ano anterior (2020), quando ocorreram 380 mortes.
Grande parte das ocorrências resultou de confrontos com policiais militares: 408 (208 no primeiro semestre e 200 no segundo), enquanto os casos envolvendo policiais civis foram dois (um em Curitiba e outro em Foz do Iguaçu), e os com guardas municipais somaram sete (cinco em Curitiba, um em São José dos Pinhais e um em Araucária).
Em primeiro lugar, nas cidades com mais mortes em confronto, está Curitiba, com 105 mortes. Londrina aparece na segunda posição, com 32 mortes em possíveis confrontos. São José dos Pinhais, é a terceira, com 26. Outras duas cidades da região aparecem entre as mais violentas: Arapongas (10ª) e Ibiporã (13ª) ambas com oito mortes.
Considerando-se apenas as mortes em confrontos com policiais militares, os dados apontam que 62,16% das mortes foram de pessoas de até 29 anos. Entre os mortos nesses confrontos, 47,7% eram pardos, 5,6% eram negros e 46,7% eram brancos.
Um documento foi entregue ao governador Ratinho Junior (PSD) assinado por diversas instituições, entre elas o MP, com sugestões para diminuição da violência policial no Paraná.
O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MPPR com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens conduzidas pela polícia. As iniciativas do Ministério Público com esse intuito são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Redação Tem com MPPR