CP tem até sexta-feira para avaliar a defesa dos vereadores afastados
Começou a contar nesta segunda-feira (14) o prazo de cinco dias que os integrantes da Comissão Processante (CP) aberta pela Câmara Municipal têm para avaliar as defesas dos vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV) protocoladas na semana passada. A análise dos documentos deve ser feita até a próxima sexta-feira (18). José Roque Neto (PR), João Martins (PSL) e Vilson Bittencourt (PSB), responsáveis pela investigação, vão decidir se prosseguem ou não com a denúncia feita por Filipe Barros (PSL) em janeiro.
Na época, o parlamentar justificou que a cassação dos mandatos de Alves e Takahashi deveria acontecer porque ambos “feriram o decoro”, referindo-se ao possível envolvimento da dupla na Operação ZR-3, ou Zona Residencial 3, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) para investigar um suposto grupo criminoso formado entre agentes públicos e empresários para mudanças pontuais de zoneamento em Londrina.
O Ministério Público denunciou 13 pessoas ao juiz da 2ª Vara Criminal, Delcio Miranda da Rocha. Apenas o empresário Vander Mendes Ferreira e o servidor municipal Ossamu Kaminakagura, lotado na Secretaria de Obras há quase 20 anos, continuam presos. A Justiça chegou a determinar o uso de tornozeleiras eletrônicas para os vereadores afastados, mas o monitoramento foi revogado em abril. Por 15 votos a quatro, o Legislativo iniciou a apuração. O relatório que pode indicar ou não a cassação de Alves e Takahashi deve ficar pronto em até 90 dias.