Nesta sexta-feira (3), durante visita a Londrina, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em tom ríspido, criticou o uso de máscaras que protegem contra o novo coronavírus e teceu duras críticas a “secretários e prefeitos” que implementaram medidas contra o avanço da covid-19.

“Todas essas políticas públicas inúteis colocadas em prática por secretários de Saúde e prefeitos não conseguiram resolver os problemas. Acaba caindo no colo do ministério que é quem tem que adotar as políticas públicas para fazer a diferença. O cuidado é individual, o benefício é de todos”, disse o ministro.

As secretarias de Saúde dos estados e municípios passaram a determinar medidas contra a pandemia, após a negligência do Ministério da Saúde ainda no início da crise sanitária, em 2020.

Queiroga ainda criticou o uso incorreto das máscaras pela população, no entanto, não explicou quais medidas estariam sendo desempenhadas pela pasta para contribuir com o acesso dos brasileiros às máscaras consideradas mais protetoras e como fazer a utilização correta. “Por exemplo, você está usando uma máscara mais protetora, tem outros que usam uma máscara de tecido e ficam o mês inteiro com ela. Qual é a efetividade que isso tem? Zero! Como que fiscalizamos isso?”, argumentou Queiroga.

Dados errados

Durante entrevista, o ministro ainda apontou dados equivocados, ao dizer que embora o número de casos da doença esteja aumentando, o índice de mortes estaria diminuindo. Em Londrina, por exemplo, o número de mortes voltou a subir no mês de maio, chegando a aumentar 190% em relação a abril. O mesmo acontece no Brasil.

Agenda

Na visita ao município, o ministro vai acompanhar o recém credenciamento de 35 leitos de UTI do Hospital Universitário (HU), além da apresentação de novos projetos de aporte tecnológico para o hospital. Queiroga também anunciou um aporte de R$ 11 milhões para o Hospital do Câncer de Londrina.