Vereadores aprovam transparência nas filas das UPAs em Londrina

UPAs deverão disponibilizar número de pacientes aguardando, classificação de risco e tempo estimado de espera.

Imagem: Fernando Cremonez/CML

O plenário da Câmara Municipal de Londrina aprovou, em primeira discussão, nesta semana, o Projeto de Lei nº 79/2025, de autoria do vereador Sídnei Matias (AVANTE), que estabelece a obrigatoriedade de transparência nas filas de atendimento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município. Após a aprovação, foi aberto o prazo regimental de sete dias úteis para apresentação de emendas antes da segunda votação.

A proposta obriga que as UPAs disponibilizem, em local visível e atualizado em tempo real, informações sobre o número de pacientes aguardando consulta, a classificação de risco conforme protocolo de triagem, o tempo estimado de espera por nível de risco e o total de atendimentos realizados nas 24 horas anteriores.

Painel online da fila de atendimento em UPAs do Distrito Federal – Imagem: IGESDF

Além da divulgação presencial, os dados também deverão ser acessíveis por meio eletrônico, para acesso em celulares ou computadores, por exemplo. Caso sancionada, a lei entrará em vigor após 90 dias da publicação, prazo destinado à regulamentação e adaptação das unidades de saúde.

Imagem: Fernando Cremonez/CML

O vereador Sídnei Matias destacou que a medida está amparada na Constituição Federal e na Lei de Acesso à Informação (lei federal nº 12.527/2011), trazendo benefícios como redução da ansiedade dos pacientes, prevenção de conflitos e fortalecimento do controle social sobre a eficiência dos serviços. O parlamentar citou ainda como exemplo positivo a experiência do Distrito Federal, que já implantou painéis eletrônicos com informações em tempo real. “Essa iniciativa representa um avanço de transparência, humanização e eficiência na saúde pública de Londrina”, resumiu.

O projeto recebeu parecer favorável das Comissões de Justiça, Legislação e Redação; Seguridade Social; e Administração, Serviços Públicos, Fiscalização e Transparência. A Autarquia Municipal de Saúde reconheceu a importância da proposta, mas afirmou que não teria condições de implantar imediatamente o sistema, que ainda está em desenvolvimento.

A Procuradoria Legislativa ressaltou, no entanto, que a exigência do projeto não cria custos adicionais diretos à Administração, já que o prazo de 90 dias possibilita a adequação tecnológica.

Redação Tem Londrina com CML