Onyx Lorenzoni é indicado por Bolsonaro e eleitores criticam
Deputado admitiu ter recebido R$ 100 mil por meio de caixa 2 do frigorífico JBS, de propriedade de Joesley Batista
Um veterinário na “Arca de Noé”. É assim que o deputado federal, homem forte do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), e futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, do DEM, do Rio Grande do Sul é chamado no grupo que ocupará o Palácio do Planalto a partir de 1º de janeiro de 2019.
Em maio deste ano, ainda durante a pré-campanha, o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, definiu a estrutura que cercava Bolsonaro como “enxuta”. “Profissionais construíram o Titanic, e amadores construíram a Arca de Noé. Nós somos mais para a Arca de Noé”, resumiu.
Veterinário por formação, Onyx já recorreu ao seu conhecimento médico para convencer o “cavalão”, como Bolsonaro é conhecido pelos mais próximos, a tomar remédios durante uma crise de sinusite na campanha.
Convidado para ocupar a Casa Civil, o futuro ministro prega “comungar as ideias” e trabalhar “caminhando junto”. Ele garante, porém, que não haverá espaço para “toma lá, dá cá” com políticos e que a equipe do governo será técnica. Nesta segunda (29), declarou que, “no governo Bolsonaro, quem roubar vai para a cadeia, e ele vai jogar a chave fora”.
Na redes sociais, a indicação não foi muito bem vista por eleitores e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que criticaram através das redes sociais, uma vez que o deputado gaúcho está diretamente envolvido na denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República), que pedia o afastamento do presidente Michel Temer (PMD), o fato é que Onyx admitiu ter recebido R$ 100 mil por meio de caixa 2 do frigorífico JBS, de propriedade de Joesley Batista. O dinheiro ilegal foi revelado em delação, o que ajudou a embasar denúncia da PGR contra Temer.
Na sua atuação na Câmara Federal, em 2016, Onyx foi relator do projeto denominado “10 medidas contra a corrupção”. Após pressão de parlamentares, retirou pontos de seu parecer, e o texto ficou aquém do esperado por parte do Ministério Público Federal.
Redação Tem com informações do UOL