‘População paga obra e estado entrega para pedágio’, critica vereadora
Os vereadores de Londrina endureceram o tom contra a implantação de uma praça de pedágio na PR-445 na região em Londrina, proposta pelo novo modelo de concessões de rodovias no Paraná.
Nesta segunda-feira (16), parlamentares se reuniram com representantes dos distritos do município, empresas, cooperativas e indústrias instaladas na rodovia, além de moradores e produtores dos distritos rurais da região.
De acordo com a vereadora Lenir de Assis (PT), integrante da Comissão Especial de Acompanhamento do Novo Modelo de Pedágio no Paraná, o objetivo da reunião foi traçar estratégias com a sociedade civil contra a instalação de praça de cobranças.
Originalmente, o projeto previa a cobrança no km 57, próximo ao Jardim União da Vitória. “Desde o início, marcamos posição contrária a essa praça, mas não adianta tirá-la de Londrina e instalar em outro ponto”, disse Lenir de Assis. “Esse modelo de pedágio é mais do mesmo. O valor da tarifa continua alto, mesmo baixando nos 10 primeiros anos. A tarifa ficará 40% maior, com o tal degrau tarifário”, disse a parlamentar.
A parlamentar também criticou que o estado realiza obras nas rodovias com dinheiro público e depois repassa para a iniciativa privada. “O estado usa o dinheiro do contribuinte para realizar obras e entrega, depois, para a iniciativa privada lucrar. Fazer obras para as concessionárias ganharem dinheiro? Isso não é correto”, criticou.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) do Paraná lançou, na última sexta-feira (13), o edital para a obra de restauração e duplicação da PR-445 entre Mauá da Serra e o distrito de Lerroville, em Londrina. O investimento é estimado em R$ 217,3 milhões, que serão pagos pelo contribuinte.
A Comissão Especial de Acompanhamento do Novo Modelo de Pedágio no Paraná é composta, também, pelos vereadores Madureira (PTB) e Beto Cambará (PODE). O vereador Nantes (PP) e o deputado federal Boca Aberta (PROS).
O governador Ratinho Junior (PSD) enviou o projeto, nesta terça-feira (17), para a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), que deve apreciar a matéria nesta semana.
As atuais concessões vencem no mês de novembro.
Redação Tem com Assessoria