Com 19 óbitos, Londrina é a cidade com mais mortes por dengue no Brasil em 2020
Cidade supera o número de mortes por dengue computado em 23 estados.
Londrina é a cidade com mais mortes por dengue no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa).
O município teve 19 mortes pela doença em 2020, de acordo com a Sesa. O número supera o total computado por 23 estados brasileiros e é maior que as regiões Norte e Nordeste juntas, conforme levantamento do Ministério da Saúde.
No ranking nacional, o Paraná é o estado com maior número de casos e também de incidência de dengue (casos por 100 mil habitantes) no Brasil.
O último boletim do ministério da saúde, atualizado em 13 de abril, mostra 186.196 casos no Paraná, com incidência de 1.628,4 casos a cada mil habitantes, e 97 mortes. O estado de São Paulo, bem mais populoso, vem em segundo lugar com 154.644 casos, com incidência de 336,8, e 48 óbitos.
Considerando os dados da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, divulgados nesta quarta-feira (22), o estado soma 128.405 mil casos confirmados da doença e 111 mortes, dados computados desde julho do ano passado.
A Regional de Saúde de Londrina lidera ainda o número de mortes por dengue no Paraná, com 33. Como comparativo, foram 21 na região de Maringá, 16 na de Paranavaí e 13 na de Campo Mourão.
Para a Vigilância Epidemiológica de Londrina, a situação chegou a esse ponto por uma série de fatores. “Os moradores não aceitam os agentes dentro de casa. Isso continua só a complicar a situação da dengue no município. Hoje o município continua com uma forma de ação bastante limitada”, explicou Sônia Fernandes, coordenadora municipal de Vigilância Epidemiológica.
Uma das vítimas da dengue em Londrina Edson Girotto, de 45 anos, que morreu por dengue no dia 12 de abril. Após sentir febre e dores no corpo, ele buscou atendimento em clínica médica particular, passou por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e foi encaminhado para o Hospital Universitário, onde ficou internado. Esta foi a segunda vez que Girotto contraiu a doença.
“Nunca imaginei que pudesse perder alguém da minha família para a dengue, como acredito que muitos não tem essa preocupação. Acontece, é muito triste e revoltante. Meu marido era uma pessoa jovem saudável”, disse Carla Girotto, viúva de Edson.
Redação Tem com G1/N.com