Londrina registra mais quatro mortes por síndromes respiratórias

Cidade já teve 68 óbitos em 2025. Pelo menos 11 mortes foram por covid-19, além de 11 óbitos por influenza.

Imagem: Reprodução

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou, nesta quarta-feira (11), o segundo Boletim Informativo sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG). Na comparação com o primeiro boletim, o novo balanço, referente ao período de 1 a 7 de junho, trouxe uma redução nas notificações por SRAG, de 45 para 38, sendo 18 delas em adultos e 20 em crianças.

Já os óbitos relacionados à SRAG aumentaram, entre uma semana e outra, de 64 para 68, sendo pelo menos 11 deles por covid-19, outros 11 por influenza, dois por vírus sincicial respiratório (VSR), dois por outros vírus, dois por outros agentes etiológicos e 40 não especificados.

No caso dos serviços de urgência municipais, os dados do boletim semanal apontam que, do total de 3.093 atendimentos no Pronto Atendimento Infantil (PAI), 1.602 (51,79%) foram relacionados à síndrome gripal (SG). Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e Prontos-Atendimentos (PAs), do total de 13.007 atendimentos, 3.210 (24,6%) foram relacionados à SG (na semana anterior, eles representaram 16%).

O Boletim Informativo sobre Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Síndrome Gripal (SG) também trouxe os dados da circulação viral nas unidades sentinelas que fazem a vigilância dos vírus respiratórios em Londrina: PAI, UPA Sabará e Hospital Universitário (HU). As três coletam, semanalmente, amostras para identificação dos vírus respiratórios circulantes no município e enviam para o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen). Nesse sentido, os principais vírus identificados em Londrina, entre 1 e 7 de junho, foram o Influenza A, o vírus sincicial respiratório (VSR), o rinovírus e o adenovírus.

Em relação ao último boletim, a taxa de positividade para as síndromes cresceu e passou de 63,60% para 76%.

O balanço divulgado pela SMS também traz informações sobre a cobertura vacinal geral da influenza em Londrina, que cresceu mais um pouco e chegou a 44,80% do público-alvo (idosos, crianças e gestantes). Na semana anterior, estava em 42,03%. Entre os idosos, a cobertura vacinal também cresceu de forma sensível e passou de 49,28% para 51,95%, enquanto o segmento das gestantes também apresentou aumento, de 21,14% para 22,17%.

Já entre as crianças, o crescimento foi mais expressivo: de 22,80% para 26,07%. A vacina contra a gripe em Londrina está liberada para a população em geral, acima de 6 meses de idade, e as doses estão sendo disponibilizadas em todas as Unidades Básicas de Saúde (SMS) do município.

A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Fernanda Fabrin, explicou que a taxa de cobertura vacinal ainda é considerada baixa, apesar dos diversos esforços realizados pela pasta. Segundo ela, o cenário atual exige atenção contínua em relação às síndromes respiratórias.

“Não podemos afirmar que há uma redução nos casos neste momento, pois isso só é possível com a análise de dados consistentes ao longo de, pelo menos, três semanas consecutivas. Além disso, o período de frio não favorece esse controle. A cobertura vacinal apresentou um aumento, impulsionado pelas várias ações extramuros promovidas pela Secretaria, mas ainda está aquém dos 90% recomendados para os grupos prioritários. Para termos uma situação mais tranquila, precisaríamos estar com uma taxa próxima a 70%”, destacou a diretora.

Redação Tem Londrina