Londrina tem 3º mutirão de saúde auditiva e vai atender 2 mil pessoas

Imagem: Vivian Honorato/Ncom

Com o objetivo de eliminar a fila de espera formada por pacientes com deficiência auditiva que aguardam a entrega de aparelhos auditivos, a Prefeitura de Londrina iniciou, nesta terça-feira (14), o terceiro mutirão de saúde auditiva. Por meio da iniciativa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aumentará de 85 para 250 o número de equipamentos que são destinados mensalmente ao Instituto Londrinense de Educação de Surdos (ILES), entidade credenciada junto ao Município.

A meta é zerar a fila até o fim de 2022, com a destinação de um total de 1.500 a 2.000 aparelhos auditivos aos pacientes. Além dos equipamentos, o convênio também inclui consultas médicas, exames como audiometria e BERA e acompanhamento realizado pelas equipes multidisciplinares do ILES. Mensalmente, a Prefeitura investirá R$ 130 mil no mutirão e os primeiros pacientes a serem contemplados são aqueles que já passaram pelo atendimento médico e aguardam há mais tempo.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a fila de espera por um aparelho auditivo pode chegar a até mais de 2 anos. “Esse tipo de equipamento tem um valor de mercado em torno de R$ 5 mil a R$ 8 mil, ou seja, um custo bastante elevado para os pacientes. Já tínhamos diminuído bastante a fila de espera com as etapas anteriores do mutirão, realizadas entre 2018 e 2019, quando realizamos mais de 2.500 procedimentos, mas a pandemia acabou prejudicando o andamento dos trabalhos e aumentou novamente a fila”, disse.

Imagem: Vivian Honorato/Ncom

“Com este aporte de recursos de R$ 130 mil mensais da Prefeitura para o ILES, vamos passar a entregar 250 aparelhos por mês. Por isso, a nossa expectativa é entregar cerca de 2 mil aparelhos até o final do ano à população e com isso vamos conseguir zerar a fila de espera que existe hoje”, completou.

Fases do mutirão

O mutirão de saúde auditiva realizado pela Prefeitura de Londrina tem início na consulta do paciente com especialistas, mediante o encaminhamento feito pelos profissionais da Atenção Básica. Em seguida, o paciente passa por exames e avaliações, como a audiometria e o BERA, que diagnosticam se há perda auditiva e em que grau, dentre outras informações necessárias para o diagnóstico.

Para a confirmação da necessidade de o paciente utilizar uma prótese auditiva, há o envolvimento de uma equipe multiprofissional, composta principalmente por otorrinos, fonoaudiólogos, assistente social e psicólogo. Assim que essa confirmação é feita, a Secretaria Municipal de Saúde avalia, caso a caso, qual é a prioridade que o atendimento deve obter, mediante critérios como idade, condição de saúde e presença de outras deficiências, entre outros itens.

No caso de crianças, o diagnóstico da surdez pode ocorrer nas avaliações neonatais, como o teste da orelhinha, e quanto antes seja confirmada a condição, mais rápida é a intervenção e melhor o prognóstico.

Redação Tem com Ncom