C.Vale se nega a liberar trabalhadores para velório de vítimas de explosão

Justiça precisou intervir para autorizar que funcionários participem de homenagens aos colegas.

Imagem: Reprodução/TemWhats

A cooperativa C.Vale se recusou a liberar os cooperados para comparecer ao velório dos oito colegas mortos no acidente que causou a explosão de um secador de milho nas dependências da empresa agroindustrial de Palotina, no Oeste do Paraná. No entanto, o caso foi levado à Justiça e, somente após uma liminar, os trabalhadores conseguiram autorização para deixar as funções e participar das homenagens.

Na tarde de quarta-feira (26), um silo da cooperativa explodiu e sete haitianos e um brasileiro morreram. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas, soterradas em meio aos escombros.

A Polícia Civil investiga as causas do acidente que ainda não foram esclarecidas.

Imagem: Reprodução

As vítimas do Haiti são veladas em conjunto no ginásio de esportes da cooperativa, nesta sexta-feira (28), e o brasileiro será homenageado em uma capela particular. A cerimônia fúnebre coletiva conta com a presença da comunidade haitiana que vive em Palotina e região.

Decisão da Justiça

Segundo o documento da Justiça do Trabalho, “ao impedir as últimas homenagens de seus funcionários aos colegas de trabalho vitimados pelo terrível acidente, em virtude da manutenção do integral funcionamento de sua cadeia produtiva, a cooperativa viola os mais basilares princípios do direito humano”.

Na decisão, o magistrado Alexandre Augusto Campana Pinheiro determina a liberação de cada funcionário pelo período de, no mínimo, duas horas para participar das duas cerimônias fúnebres, “bem como de forma integral no sepultamento das vítimas”.

Caso a cooperativa se negue a cumprir a determinação, pagará uma multa de R$ 20 mil por funcionário impedido de comparecer aos velórios.

Redação Tem Londrina com Metrópoles



Você tem que estar por dentro!
Assine nossa Newsletter e receba notícias e novidades no seu e-mail