Defesa Civil confirma 94 mortes durante chuvas em Petrópolis

Imagem: Tânia Rego/Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Defesa Civil do Rio de Janeiro atualizou na noite desta quarta-feira (17), o número confirmado de 94 mortes em decorrência dos deslizamentos e enchentes em Petrópolis. Até a noite, 21 pessoas foram resgatadas com vida nas áreas atingidas da cidade localizada na região serrana do estado.

“Foram 240 milímetros em duas horas. Foi uma chuva altamente extraordinária”, diz o governo estadual. O volume supera a média histórica atribuída a todo o mês de fevereiro que é, segundo a Defesa Civil municipal, de 238,2 milímetros.

Até o momento, há registro de 26 deslizamentos. São 372 pessoas desabrigadas e desalojadas. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), através do programa de localização e identificação de desaparecidos, já recebeu solicitações para localização de 35 pessoas.

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As chuvas se intensificaram por volta de 16h de ontem (15). No final da tarde, imagens de enchentes das ruas do centro histórico de Petrópolis e de outros bairros alagados no Rio de Janeiro começaram a circular nas redes sociais.

Operação

Mais de 500 bombeiros estão atuando nas buscas por desaparecidos e no apoio às vítimas. Diante do grande volume de água, a Defesa Civil municipal acionou ainda ontem (15) o Estágio de Crise. A prefeitura decretou estado de calamidade pública e luto oficial de três dias. A orientação das autoridades municipais é para que as pessoas só saiam de casa quando for essencial e que os desabrigados e moradores de áreas de risco procurem os pontos de apoio criados para o acolhimento. Vinte e cinco escolas foram designadas para recebê-los.

Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O governador Cláudio Castro (PL) disse esperar que, até a próxima semana, seja concluído o atendimento de todas as famílias desabrigadas, para que comecem a receber o aluguel social e o cartão Recomeçar, benefício destinado para ajuda na compra de móveis e equipamentos domésticos. Ele afirmou, no entanto, que o aluguel social é um paliativo e que o programa habitacional Casa da Gente deverá dar prioridade para pessoas que vivem em áreas de risco.

Redação Tem com Agência Brasil