Londrina: o que se sabe sobre o duplo homicídio dos jovens amigos

Entenda todos os detalhes do caso.

Imagem: Reprodução/SESP

A Polícia Civil (PC) de Londrina divulgou, nesta segunda-feira (4), novas informações sobre o crime brutal que chocou Londrina no final de semana, quando dois jovens — entre eles uma estudante da UEL — foram mortos esfaqueados no Jardim Jamaica, na região oeste da cidade. Por meio do Observatório de Feminicídios (Néias), a jovem sobrevivente também contou sua versão do caso.

Entenda o que se sabe até agora sobre a tragédia:

â–„1¤7 O crime aconteceu por volta das 6 horas da manhã do último domingo (3), no Jardim Jamaica na região oeste de Londrina. Aaron Delece Dantas, de 23 anos, invadiu a residência onde estavam as vítimas, armado com uma faca e um canivete.

â–„1¤7 No local, o agressor atingiu as três vítimas: Júlia Garbossi, estudante de Ciências Sociais, Daniel Suzuki e uma outra jovem, estudante de Artes Cênicas. As duas primeiras vítimas morreram no local, já a terceira sobreviveu e foi amarrada pelo criminoso.

â–„1¤7 Nesse período, a vítima conseguiu convencer o autor que a levasse para receber tratamento na UPA Sabará. Ela prometeu à ele que não o denunciaria à polícia. Chegando na UPA, a jovem detalhou o ocorrido aos enfermeiros de plantão, que acionaram a polícia.

â–„1¤7 A sobrevivente contou que ela e Daniel Suzuki (vítima fatal) eram melhores amigos e estavam iniciando um relacionamento.

â–„1¤7 Júlia, Daniel e a sobrevivente eram amigos e trabalhavam juntos.

    â–„1¤7 Segundo a Polícia Civil, a sobrevivente jamais teve envolvimento amoroso com o assassino. A jovem afirmou aos policiais que conhecia o autor de um antigo trabalho e, por um tempo, foram amigos. No entanto, ela optou por se afastar ao perceber a intenção amorosa do rapaz.

    Delegado Jọo Reis РImagem: Reprodṳ̣o/PCPR

    â–„1¤7 Ela também contou à polícia que, após o afastamento, Aaron passou a persegui-la por meio das redes sociais.

    â–„1¤7 A vítima fatal, Júlia, igualmente, nunca teve envolvimento amoroso com o autor dos crimes.

    â–„1¤7 Conforme a investigação, o agressor teria criado diversos perfis falsos na internet para acompanhar os passos da estudante que sobreviveu ao ataque.

    â–„1¤7 No primeiro depoimento após ser preso em flagrante, Aaron Delece Dantas ficou em silêncio.

    â–„1¤7 O autor dos crimes teve a prisão convertida para preventiva.

    â–„1¤7 A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios, continua investigando o caso e deverá finalizar o inquérito policial em cerca de 15 dias.

    Autor dos crimes continua preso РImagem: Reprodṳ̣o/PCPR

    Crime de feminicídio?

    De acordo com o Néias, o caso pode ser registrado feminicídio tentado e feminicídio consumado por conexão. “A Lei do Feminicídio não restringe sua aplicação a crimes nos quais há relacionamento íntimo prévio entre vítima e autor, mas àqueles nos quais há menosprezo pela condição ‘do sexo feminino’. Aplicando-se ao caso em questão, uma vez que o autor dos fatos agiu motivado pelo sentimento de posse da vítima sobrevivente”, diz a nota do observatório.

    Matéria em atualização.

    Redação Tem Londrina


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