Londrinense Rafinha fica entre as 4 melhores atletas do mundo no Patins
Atleta londrinense de apenas 8 anos, competiu na categoria Júnior para patinadoras de até 19 anos, no Mundial de Patins Street, na Itália.
Aos 8 anos de idade e em sua primeira disputa internacional, a londrinense Rafaela da Mata Reis, a Rafinha, fez história ao representar o Brasil no Mundial de Patins Street, do World Skate Games, disputado neste final de semana, em Roma, na Itália. Atleta mais jovem da Seleção Brasileira de Patins e também de toda a competição, Rafinha conseguiu chegar à final e de quebra ainda conquistou a quarta colocação, ficando entre as quatro melhores atletas do mundo na sua categoria.
Rafinha participou da categoria Júnior Feminino, contra 15 atletas de vários países, com idades até 19 anos. Ela ficou atrás somente da francesa Lilou Fumery — medalhista de ouro —, da chilena Leonor Toy e da colega brasileira Nicoly Candeu, que fechou na terceira posição, somando apenas 1,47 pontos a mais que a londrinense.
A atleta de Londrina alcançou 75,91 logo na primeira apresentação, e permaneceu até a última volta entre as três primeiras colocadas. Porém, na volta complementar, foi superada pela colega brasileira.
A família, que acompanhou Rafinha até a Itália, não escondeu a euforia com a surpreendente colocação atingida em sua primeira participação internacional. “A expectativa era que ela conseguisse pelo menos se classificar para a final, pois a competição seria difícil, até pela estrutura em que ela treina, que é muito simples, comparando com as outras atletas. E mesmo assim, tão pequena, vai e dá esse show”, diz o pai Rafael Reis, orgulhoso da filha.
Rafinha não só chegou na final, como fechou a competição entre as quatro melhores do mundo. “É um resultado fantástico, surpreendente, estamos muito felizes”, comentou o pai.
Ele também lembrou que, diferentemente das outras competidoras, Rafinha treina com pouca estrutura. “A francesa tem uma estrutura enorme, não dá nem para comparar. A própria brasileira que ficou em terceiro, treina em Curitiba, em um ótimo centro de treinamento na capital, em uma pista muito parecida com essa. Enquanto isso, a Rafinha treina em uma pista mais simples, no Skate Park do Acquaville (Zona Leste), que é pequena, muito diferente da pista oficial, na Itália. Além disso, ela não com incentivo do poder público”, ressaltou. “Sem treinar em uma pista adequada ela já conseguiu essa posição internacional incrível, imagine se tivesse uma pista parecida”, destacou o pai.
Rafinha agradeceu os fãs e todas as pessoas que torceram por ela na Itália. “Grata a Deus por tudo vivido aqui. Muito obrigada a minha família, aos meus patrocinadores e amigos que me proporcionaram viver tudo isso”, comemorou a pequena.
“A gente só conseguiu viajar graças ao apoio de amigos, por meio de rifas, e da ajuda financeira da Agroplay Sports e da Clínica Raro, que garantiram todo o suporte”, explicou. “Já conversamos com ela, virão outras competições, mas já deixou a marca dela para o mundo”, completou.
World Games
A competição internacional contou com mais de 6 mil atletas do mundo todo, em esportes reúnem muita adrenalina, manobras arriscadas e velocidade, nas modalidades de skate, patins, BMX e scooter.
Entre os destaques do World Games está também a brasileira Rayssa Leal, a Fadinha, que se tornou bicampeã na modalidade Skate Park, após vencer sete atletas japonesas.
Redação Tem Londrina