Bolsonarista tentou explodir arsenal e pretendia distribuir armas, diz polícia

Homem pretendia distribuir armas para grupo acampado em frente ao QG do Exército.

Imagem: Reprodução/PCDF

O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, confessou ter montado um artefato explosivo nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. Durante depoimento à Polícia Civil (PC) do Distrito Federal, ele afirmou ter gasto R$ 170 mil com armas para um possível atentado organizado na cidade. O plano do extremista envolvia explodir os artefatos para radicalizar apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) e entregar armas a integrantes de um grupo de bolsonaristas acampados
em frente ao quartel-general do Exército.

“Ele confessou que tinha intenção de cometer um crime no Aeroporto, com objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro, que eles estão empenhados no quartel-general”, afirmou o diretor-geral da PC-DF, delegado Robson Cândido ao portal UOL. “Ele e o grupo falhou, talvez por falta de conhecimento técnico sobre como artefatos do tipo funcionam”, explicou.

Imagem: Reprodução/PCDF

Ainda em depoimento, George afirmou que havia planejado a ação no aeroporto a fim de chamar a atenção de outros manifestantes reunidos para protestar contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A polícia afirmou que a corporação deve começar a busca por novos envolvidos a partir desta segunda-feira (26). “Temos informações preliminares e, ao longo da semana, mais envolvidos podem ser presos. Ele confessa a participação de outras pessoas na tentativa de explosão”, disse o delegado do caso.

O bolsonarista será autuado por crime contra o Estado Democrático, além de posse e porte de arma de fogo. Com ele foram apreendidos dois revólveres, duas espingardas, três pistolas, cinco emulsões explosivas e munições e uniformes camuflados.

Acampamento bolsonarista no QG em Brasília – Imagem: Reprodução/PCDF

O filho do de George revelou que a família foi contra a mudança de George do Paraná para Brasília. “Quando o meu pai avisou que iria participar dessas manifestações, imaginamos que daria errado. Eu sabia que ia dar merda”, disse o rapaz ao UOL.

Redação Tem Londrina com UOL