PF confirma que restos mortais recolhidos são de Bruno Pereira
A Polícia Federal (PF) informou na tarde deste sábado (18) que “remanescentes” do indigenista Bruno Pereira no Vale do Javari, na Amazônia, foram identificados em material recolhido em local que foi apontado por Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado. Ele confessou participação no assassinato de Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
Os peritos conseguiram fazer a identificação por meio de exame da arcada dentária, feito no Instituto Nacional de Criminalística. As informações são do portal G1.
Na sexta-feira (16), a PF divulgou nota para confirmar que “remanescentes” de Phillips haviam sido identificados . Segundo a corporação, a confirmação veio a partir de um exame de “odontologia legal combinado com a antropologia forense”. Isso significa que os peritos conseguiram comparar os restos mortais com laudos da arcada dentária do inglês, enviados pela família dele.
“Se o prontuário for de qualidade e recente, isso é feito de forma bem eficiente e rápida”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo.
Após serem mortos, os dois foram queimados antes de serem enterrados — portanto, os “remanescentes humanos”, como definiu o ministro da Justiça, Anderson Torres, não estão em bom estado de conservação.
Já a “antropologia forense” analisa características do corpo para identificar a vítima, como marcas de nascença, cicatrizes, tatuagens e a estrutura óssea. A confirmação definitiva só deve vir, no entanto, com o exame de DNA, que costuma demorar mais e deve ser concluído na próxima semana.
A PF acrescentou no texto que “os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos” seguem em curso.
Redação Tem