‘Brasil é o país da subnotificação de covid’, diz prefeito de Londrina

Belinati explica que alto índice de óbitos de covid-19 no município é 'porque Londrina testa muito mais'.

‘Prestem atenção nos casos de síndromes respiratórias’, diz prefeito – Foto: N.com

O prefeito de Londrina Marcelo Belinati (PP) realizou uma transmissão on-line nas redes sociais neste domingo (28) e tirou algumas dúvidas de londrinenses a respeito do coronavírus, entre elas, as razões da cidade ter a maior taxa de letalidade do vírus no Paraná, que hoje é de 5,8%.

Segundo o prefeito, isso ocorre porque o município estaria testando mais que outros locais, pois com os exames a Secretaria de Saúde teria um levantamento mais aproximado da realidade, do que outros municípios.

“Como alguns estão falando por aí que estão colocando covid em tudo. É mentira, é o contrário disso. O Brasil é o país da subnotificação do coronavírus. Tem muito mais casos de covid. Muito mais pessoas que faleceram em razão da covid, e não está sendo feito o diagnóstico”, explica Belinati.

Ele afirma que Londrina “está fazendo o diagnóstico adequado” e por isso, a maioria das cidades do estado apresentam, segundo ele, um número inferior de óbitos causados pela covid-19. “É preciso analisar os números de síndromes respiratórias, eles mostram a subnotificação que está ocorrendo em algumas cidades”, explica.

“Nós estamos testando os pacientes, três, quatro, até cinco vezes. Testamos até mesmo pessoas que já faleceram. Isso é feito para identificar e tentar bloquear a doença. Por exemplo, quando eu descubro que o paciente tem covid, ou estava com covid, nós isolamos a família, assim, podendo atuar no bloqueio de transmissão do vírus”, diz o prefeito.

Taxa de positividade de testes, é a menor entre os municípios, diz Belinati – Foto: Reprodução

Segundo uma reportagem do TEM no mês passado, o Paraná registra atualmente uma explosão de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), chegando a registrar 6 vezes mais casos de SRAG’s que em todos os anos anteriores.

O número de mortes pela síndrome não identificada, já atinge 1.450 paranaenses em junho deste ano, número que foi de 210 em 2019.

Redação Tem



Você tem que estar por dentro!
Assine nossa Newsletter e receba notícias e novidades no seu e-mail