Mortes por Síndrome Respiratória indeterminada sobem de 95 para 657 no PR
Paraná registra aumento de 561% em óbitos com 'Síndrome Respiratória Não Especificada'. Número pode representar subnotificação dos casos de covid-19 no estado.
Uma informação encontrada nos ‘Boletins de Gripe’ da Secretaria de Estado de Saúde (SESA) mostra um detalhe preocupante sobre a pandemia do coronavírus no Paraná e pode representar uma grande subnotificação de casos e óbitos em todo estado. Até o momento o número oficial divulgado pelo Governo do Paraná, é de 2.480 casos e 130 óbitos em decorrência da covid-19, no entanto, este número pode ser 5 vezes maior.
Números oficiais da própria SESA, apontam que os óbitos por SRAG não identificada (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no Paraná dispararam nos últimos meses em relação a anos anteriores. Em média, nos anos de 2017, 2018 e 2019, o estado registrou 95 óbitos, porém, no mesmo período em 2020, o Paraná já atingiu 657 óbitos por SRAG não especificada, o que representa um aumento de 561% em relação ao ano de 2019.
Em abril e maio deste ano, os casos explodiram apresentando números nunca antes vistos em todos os outros levantamentos. A SRAG é um dos principais sintomas graves causados pelo coronavírus no corpo humano. Veja as tabelas de comparativo dos anos anteriores:
Casos de SRAG não especificada e óbitos até maio:
2017: 478 casos – 75 óbitos
2018: 443 casos – 94 óbitos
2019: 632 casos – 118 óbitos
2020: 2.624 casos – 657 óbitos
Veja a tabela do número de casos e óbitos por SRAG não identificada, até 19/05/2017:
Confira a tabela de casos e óbitos por SRAG não identificada, até 21/05/2018:
Tabela apresenta número de casos e óbitos por SRAG não identificada, até 21/05/2019:
A tabela de número de casos e óbitos por SRAG não identificada, de 2020, apresenta dados de até 12/05 deste ano. O novo boletim deveria ser atualizado nesta terça-feira (19) contendo novos números, no entanto, isso não ocorreu:
As mesmas informações aparecem no Informe Epidemiológico do Coronavírus, atualizado diariamente pela Secretaria de Saúde do estado. Os dados divulgados nesta terça-feira (19), apresentam os mesmos números:
De acordo com o Boletim da Gripe, foram registradas apenas 31 mortes por SRAG não identificada, até março deste ano, seguindo a média dos anteriores. A explosão assustadora ocorre a partir dos meses de abril e maio, que é o mesmo período de disseminação do vírus no estado.
Se comparados apenas o número de casos registrados, a diferença do atual período é cinco vezes maior que os anos anteriores
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Saúde e o Governo do Estado, mas ainda não obteve retorno para esclarecer as possíveis razões do crescimento exponencial dos dados apresentados nos boletins.
Redação Tem