Brasil ultrapassa 300 mil mortos na pandemia do coronavírus

Imagem: Bruno Kelly/Folhapress

O Brasil registra hoje, o número mais triste de uma tragédia em toda a história do país. Trezentos mil mortos. Este é o tamanho da tragédia brasileira em um ano de pandemia da covid-19. Infelizmente, a tragédia está longe de terminar, além de ter poucos sinais de que o cenário possa apresentar alguma melhora.

Com dados novos de dez estados (AL, BA, GO, MG, MS, MT, PR, RN, SP e TO), o país soma agora 300.015 óbitos. Até o momento, são 12.183.338 brasileiros diagnosticados com a doença.

O país atinge mais uma marca assombrosa um dia depois de registrar, pela primeira vez, mais de três mil mortes em apenas 24 horas. Além de enfrentar um colapso nos hospitais, tanto públicos quanto privados. UTIs superlotadas desafiam profissionais de saúde exaustos.

O número foi atingido mesmo com mudança no sistema de notificação do Ministério da Saúde que causou atrasos no registros de mortes nesta quarta-feira (24).

Os níveis de contágio seguem elevados, e governadores e prefeitos tentam conter o avanço do vírus com medidas mais duras de restrição. Ainda assim, o Brasil não chegou a viver nenhum tipo de lockdown completo, como ocorreu em outros países. Sem direcionamento nacional efetivo para lidar com a pandemia, medidas de isolamento seguem sendo desrespeitadas em larga escala.

Esses números poderiam ser ainda maiores não fosse uma mudança no sistema de notificação de Ministério da Saúde – que as secretarias estaduais de saúdes dizem que será abandonada – que passou a exigir mais dados sobre cada vítima da doença no país.

Essa mudança reduziu o número de mortes informadas nesta quarta. São Paulo, por exemplo, notificou 281 mortes no dia – a média até então, era de 532 mortes por dia. Na terça, foram 1.021. Mato Grosso do Sul informou 20 mortes, ante uma média diária de 29. Em Santa Catarina, o setor responsável disse que a alteração gerou instabilidade e atraso das notificações.

Escalada de mortes

O registro do primeiro óbito por covid-19 no Brasil ocorreu em 12 de março. Foram necessários 149 dias para que o número chegasse a 100 mil – marca atingida em 8 de agosto do ano passado.

De 100 mil mortos a 200 mil, em 7 de janeiro, foram outros 152 dias. O ritmo crescente dos contágios visto desde o começo do ano fez com que caísse para apenas 76 dias o intervalo até as últimas 100 mil mortes que possibilitaram a marca de 300 mil desta quarta-feira.

O ritmo assustador na alta de mortes traz consigo outras marcas tristes. A média móvel de óbitos completou 25 recordes seguidos até a terça-feira (23), quando chegou a 2.349.

Redação Tem com G1



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