Paraná poderá realizar compra direta de vacinas contra covid-19
O Senado aprovou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que visa a facilitação da compra de vacinas contra a covid-19 pela iniciativa privada e por estados e municípios. Na terça (23), o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia formado maioria para autorizar a aquisição de doses diretas desde que os imunizantes tenham aprovação de agências reguladoras de outros países.
Com um Plano de Nacional Imunização (PNI) à beira do fracasso, após diversos erros cometidos pelo Governo Federal, através do Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, cerca de 17 governadores já demonstraram interesse em realizar a compra direta das vacinas.
Entre eles está o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) que afirmou, na terça-feira, que existe a possibilidade em realizar a compra. O Paraná reservou um fundo emergencial de R$ 200 milhões para a compra de imunizantes na pandemia.
“Sem dúvida, temos essa possibilidade [de comprar doses]”, disse Ratinho durante em entrevista à RPC.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, considera baixo o número de doses recebidas nos últimos dias, “precisamos receber mais doses. Temos conversado e solicitado incessantemente ao Ministério da Saúde a ampliação do número de doses enviadas para o Paraná para darmos vazão a uma imunidade entre os vários grupos estabelecidos para a vacinação”, afirmou.
Anteriormente, o Governo Estadual já fez negociações para a compra da Sputnik V, da Rússia, articulação que poderá ser retomada. O estado da Bahia, por exemplo, tem um contrato que garante a aquisição de 50 milhões de doses do imunizante russo.
Outra vacina que também deve entrar na rota de aquisições é da Pfizer/BioNTech, que possui 91% de imunização já na primeira dose e segundo estudos recentes, pode ser armazenada em freezers comuns por até duas semanas sem perda de eficácia.
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), também afirma estar interessado em realizar a compra direta dos imunizantes, afinal, a capital paranaense possui contratos diretos com três laboratórios diferentes — Instituto Butantan, Indiana Bharat Biotech e Janssen.
Redação Tem
