Fábio Faria diz que falha na inserção em rádios é do PL, não do TSE
Ministro disse estar arrependido de ter realizado coletiva e confirmou que erro foi do partido.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, em entrevista para a jornalista Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo, comentou as reações da coletiva que promoveu no último dia 24, quando denunciou as inserções da propaganda eleitoral do candidato às eleições 2022, Jair Bolsonaro (PL), em rádios do Norte e Nordeste.
Segundo Faria, o escala que tomou a falta de inserções entre os apoiadores do atual presidente, com pedidos para adiamento das eleições com a prerrogativa de “fraude”, não era o esperado. “Eu fiquei imediatamente contra tudo isso. Fui o primeiro a repudiar”, disse o ministro e reforçou que tal atitude “prejudicaria o presidente “.
“A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do tribunal. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto”, diz ele.
Por conta da repercussão, Faria diz ter protestado internamente e optou por “sair de cena”. “Me arrependi profundamente de ter participado daquela entrevista coletiva. Se eu soubesse que iria escalar, eu não teria entrado no assunto”, disse o ministro.
Faria afirma que já conversou com os ministros do TSE e que o episódio foi esclarecido.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rejeitou a ação apresentada pela campanha de Bolsonaro sobre suposto boicote de rádios por falta de provas. Ele determinou investigação sobre possível “cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana”.
Redação Tem Londrina com EM