‘Rejeição’ e ‘apoios’ podem interferir nas eleições, diz diretor da Arbeit

Responsável técnico pela pesquisa comenta os dados consolidados.

Imagem: Wilson Vieira/Instagram

A pesquisa eleitoral sobre a corrida para a Prefeitura de Londrina, realizada pelo Instituto Arbeit em parceria com o Tem Londrina, evidencia um ponto importante do futuro da cidade: o cenário político em relação ao novo ou a nova líder do executivo municipal ainda está muito incerto e pode sofrer mudanças significativas de acordo com as decisões de algumas peças-chave desse jogo.

A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de dezembro e ouviu, presencialmente, 1.073 eleitores em todas as regiões do município, inclusive nos distritos. Após os dados consolidados, o TEM fez uma entrevista com Weber Ohya e Lima, diretor e proprietário do Instituto Arbeit e responsável técnico pela pesquisa, para que ele comentasse os principais pontos observados pelo levantamento.

TEM: Comente sobre o processo de produção da pesquisa. Como ela foi realizada?

Weber: Queríamos uma pesquisa com uma margem de erro baixa, e definimos que três pontos percentuais seria adequado neste momento. Com isso, entrevistamos 1073 eleitores no município. Para estas entrevistas, utilizamos a metodologia 100% presencial (Face a Face – Amostragem Probabilística Domiciliar) selecionamos, também, os setores do município considerando o número de eleitores em cada um deles (método de Probabilidade Proporcional ao Tamanho) e o perfil dos eleitores em função das variáveis demográficas de sexo, idade, grau de instrução e rendimentos, tendo como base para isso, os dados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais atuais.

TEM: Qual a análise possível a partir do resultado geral da pesquisa, considerando o cenário espontâneo?

Weber: Houve uma porcentagem alta, quase 80%, de eleitores que ainda não sabem ou não opinaram a respeito das eleições para prefeito em Londrina. Isso se deve ao fato de não haver um pleito mais definido, candidaturas estabelecidas. O resultado deste cenário espontâneo apontou o atual prefeito Marcelo Belinati com a maior intenção de voto, mesmo não podendo concorrer na próxima eleição, isso reflete uma boa avaliação de sua administração, e que pode ser um importante apoio a um candidato.

TEM: Comente sobre os três cenários estimulados na pesquisa sobre a intenção de votos para prefeito.

Weber: Com relação aos Cenários, de uma maneira geral, quisemos aproximar o máximo possível do pleito do ano que vem, isso de acordo com os atuais pré-candidatos e as informações que temos hoje. O cenário 1, que é improvável de acontecer, pois temos mais de um candidato do mesmo partido, foi necessário, pois todos são possíveis candidatos.

Os cenário 2 e 3, montamos com os candidatos mais prováveis, e temos somente o Filipe Barros concorrendo ou não nestes cenários. Quando ele está concorrendo, lidera as pesquisas e na sua ausência o Tiago Amaral passa a liderar. Um outro dado que podemos analisar, é que o Coronel Villa tem um bom potencial de crescimento, devido a sua baixa rejeição, ao contrário do Barbosa Neto que, apesar de estar em segundo lugar, sua rejeição é alta.

TEM: Comente, de maneira geral, sobre os demais cenários estimulados na pesquisa, como aprovação dos governos municipal, estadual e federal; transferências de votos; rejeições.

Weber: A avaliação dos governos e a transferência de votos de cada um deles são importantes para as eleições do ano que vem. Medir isso neste momento pode influenciar na definição dos possíveis candidatos. A pesquisa apontou que os Governos Municipal e Estadual estão com uma boa avaliação, já o Federal com uma avaliação ruim, e estes apontamentos mostram como os partidos podem se movimentar a respeito.

A rejeição de um candidato interfere diretamente em seu potencial de voto, ficando limitado seu ganho de voto. E, em nossa pesquisa, os mais rejeitados são o Boca Aberta e o Barbosa Neto.

Confira a pesquisa completa clicando aqui

Redação Tem Londrina