Caso Néia: julgamento acontece nesta quinta; protesto pede justiça

Acusado vai a júri popular.

Manifestantes protestam em frente ao Fórum – Foto: Reprodução/TemWhats

O julgamento de Emerson Henrique de Souza,  acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-companheira Cidnéia Aparecida Mariano da Costa, de 34 anos, acontece nesta quinta-feira (04). Ele foi preso três semanas após a tentar matar a ex-esposa e continua detido. Emerson foi a júri popular.

Em frente ao Fórum onde acontece o julgamento, um grupo de mulheres faz uma manifestação pedindo justiça por Néia. Com faixas e cartazes, elas reforçam a necessidade do fim da violência contra as mulheres. “Hoje aqui somos Néia! E amanhã?”, está escrito em uma das faixas.

A família de Néia acompanha o júri de hoje com ansiedade. No momento, o maior temor dos familiares é que o fato de o caso ser tratado como tentativa de feminicídio, já que a vítima conseguiu sobreviver, cause uma grande redução na pena. “Nossa esperança é que a redução seja a menor possível e que os agravantes do caso ajudem nesse sentido. Nosso objetivo é sair do júri com a maior pena possível”, explica Silvana Mariano, irmã da vítima.

Manifestantes protestam em frente ao Fórum – Foto: Reprodução/TemWhats

Em entrevista ao TEM, a irmã reforçou que, ainda que Néia tenha sobrevivido ao crime, ela teve a vida completamente afetada já que ficou tetraplégica. Ela definiu o crime como um “feminicídio social”. ““É um feminicídio social. O objetivo dele de impedir que ela prosseguisse com a própria vida foi cumprido. No sentido social, ele anulou a vida dela”, aponta Silvana.

O caso

O crime aconteceu em 08 de abril de 2019. Néia buscava há dias, amigavelmente, romper a relação com o então companheiro. Por não concordar com o fim do relacionamento, Emerson tentou matar Néia asfixiada. Achando que tinha conseguido cometer o crime, abandonou o corpo dela em uma estrada rural na Zona Norte de Londrina.

Ela foi encontrada ainda com vida e encaminhada ao hospital. Porém, devido à falta de oxigênio no cérebro decorrente da asfixia que sofreu, ela ficou com severas sequelas neurológicas. Hoje, Néia está tetraplégica, acamada, e sem poder falar.

Redação Tem



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