Comandantes das Forças Armadas se demitem em protesto contra Bolsonaro

Essa é a primeira vez na história que troca simultânea ocorre.

Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica), Edson Leal Pujol (Exército) e Ilques Barbosa (Marinha) – Imagem: Reprodução

Após uma reunião entre os oficiais e a alta cúpula do governo, confirmou-se a mudança nos comandos das Forças Armadas. Essa é a primeira vez na história que ocorre uma troca simultânea no comando da pasta da Defesa, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Os três pediram renúncia conjunta, na manhã desta terça-feira (30), por discordarem do presidente da República.

Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica) colocaram seus cargos à disposição do general da reserva Walter Braga Netto, novo ministro da Defesa.

Todos reafirmaram que os militares não participarão de nenhuma aventura golpista, mas buscam uma saída de acomodação para a crise, a maior na área desde a demissão do então ministro do Exército, Sylvio Frota, em 1977 pelo presidente Ernesto Geisel.

A renúncia coletiva, em apoio ao desligamento de Fernando Azevedo e Silva do governo, aconteceria na última segunda-feira (29). Entretanto, general Braga Netto, recém nomeado ministro da Defesa, pediu para que uma reunião fosse realizada nesta terça. O resultado, porém, foi mantido.

Bastidores

Informações divulgas após a reunião, relatam que o encontro foi tenso e com momentos que beiraram a “insubordinação” do almirante Ilques Barbosa, da Marinha. Edson Pujol deixou claro a Braga Netto que as Forças Armadas “não dariam um passo que possa contrariar a Constituição” ou que atestasse contra a autonomia entre os poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário).

Redação Tem


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