Chaminé histórica de Londrina será preservada, afirma empresa
Estrutura foi erguida na década de 1930.
A chaminé da antiga Serraria e Cerâmica Mortari construída na década de 1930 será mantida e preservada. Isso é o que diz a empresa que alugou o terreno localizado na Avenida Leste-Oeste, na área central de Londrina.
Inicialmente, a estrutura seria destruída para a construção de uma farmácia. No entanto, após pedidos do prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), e do deputado estadual Tercílio Turini (PSD), os inquilinos do imóvel informaram, nesta sexta-feira (1), que irão preservar a construção histórica.
Em ofício encaminhado ao deputado londrinense, a rede explicou que não é proprietária do terreno, mas concorda preservação. “A obra está sendo realizada por investidores e não pela Farmácia São João, sendo esta uma mera locatária da loja”, diz o documento.
“Esclarecemos que a empresa é a favor da manutenção da referida chaminé, que representa um marco e uma história que deve ser preservada”, completou o presidente da empresa, no ofício.
Turini havia registrado na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), um pedido para a manutenção da chaminé. “A chaminé é um grande marco que desponta na memória afetiva dos londrinenses, para aqueles que viveram na época da construção e também as pessoas mais novas que buscam conhecer como foi o passado e a evolução de Londrina”, disse o parlamentar.
História
Nos arredores da Avenida Leste-Oeste (trecho da antiga Rua Acre) com a Rua Rio Grande do Sul foi construída, no final da década de 30, foi construída a Serraria Mortari, considerada a primeira indústria londrinense. Enquanto se passeia pelos arredores, é possível imaginar o que um dia foi a maior serraria da cidade, operando com máquinas importadas da Itália e da Alemanha.
A antiga serraria, primeira edificação do conjunto, foi construída originalmente em madeira. A fachada voltada para a Rua Acre recebeu, em 1948, frente de alvenaria de tijolos. Muita madeira da cidade e região foi exportada por meio desta indústria.
O conjunto de inúmeros barracões construídos em alvenaria de tijolos e a cerâmica implantada na quadra ao lado formavam o complexo Mortari.
A cerâmica, reconhecida como a primeira indústria de peso de Londrina, produzia uma gama diversificada de materiais, desde tijolos até telhas e manilhas. A produção de telhas francesas e paulistas era viabilizada e incrementada com a ajuda de uma prensa automática e hidráulica, articulada a esteiras rolantes. As máquinas eram importadas e contavam com tecnologia avançada.
A indústria funcionou até meados dos anos 1970, quando foi desativada.
Redação Tem Londrina