Londrinense com paralisia vê o mar pela primeira vez e se emociona; assista

Marcelo Souza Lopes, de 37 anos, tem paralisia cerebral e nunca tinha ido à praia; realizou a conquista este ano.

Foto: Reprodução

Ir à praia, entrar no mar, afundar os pés na areia podem parecer coisas muito banais, pelo menos, para a maioria das pessoas. Mas você já pensou que para alguém que tem dificuldade de locomoção tudo isso pode não ser tão simples?

É o caso do londrinense Marcelo Souza Lopes, de 37 anos, que tem paralisia cerebral. Por causa dessa condição, ele teve um comprometimento no desenvolvimento cognitivo que afetou também a questão motora. Segundo Wellington Victor, sobrinho de Marcelo, “ele anda, fala, conhece as pessoas, aprende, consegue se expressar, mas tudo com certa limitação”. E são essas limitações que dificultavam para que Marcelo, ao longo dos seus 37 anos de vida, chegasse até o mar. (Assista o vídeo abaixo).

Só que essa história mudou na última viagem de férias da família. Eles alugaram um microonibus e partiram para curtir as belezas do litoral catarinense, em Florianópolis. Marcelo foi junto: “Fizemos uma viagem longa e cansativa, com 19h de ida, um pouco difícil pela logística, das paradas para o banheiro e tudo mais”, relata o sobrinho. E assim, Marcelo venceu uma das primeiras barreiras para chegar até lá que foi a distância.

Mas na praia nem tudo foi simples. A família ficou na Praia dos Ingleses e Wellington contou que a infraestrutura do local era precária com calçadas estreitas e mal conservadas, o que impedia a locomoção do rapaz pela praia de cadeira de rodas. Nesse caso, os familiares o acompanhavam, andando lentamente, para que Marcelo também pudesse aproveitar a viagem.

Foto: Reprodução

Até que o grande dia chegou e foi usando uma cadeira anfíbio, disponibilizada pela equipe do Corpo de Bombeiros, que Marcelo conseguiu andar tranquilamente pela areia da praia e entrar no mar. No primeiro contato com a água salgada, uma expressão de surpresa tomou conta do rosto do rapaz. Esbanjando um sorriso largo e satisfeito, depois do primeiro susto com a água gelada, ele parecia muito contente com a experiência. A família registrou tudo em um vídeo, um momento que vai ficar marcado na memória para todos eles. “Foi muito satisfatório conseguir com que o Marcelo estivesse com a gente lá na praia.(…) a reação alegre e surpresa dele foi muito apreciada por todos nós. Ele ficou todo conversador e risonho, e isso é sinal de que ele está animado e está bem”, disse Wellington.

Assista o vídeo:

As imagens de Marcelo no mar e a alegria dele por essa conquista demonstram a importância da acessibilidade em todos os espaços. Não só nas ruas ou nas cidades, o direito de ir e vir tem que estar garantido em todos os lugares. Inclusive, na praia!

Redação Tem



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