‘Já estamos em colapso’, desabafa diretora do HU de Londrina; assista

"Em 22 anos de saúde pública eu nunca vivi um momento como esse", disse a superintendente do hospital.

Imagem: Reprodução

Durante reunião na Câmara de Vereadores de Londrina, a superintendente do Hospital Universitário (HU) expôs a realidade dramática vivenciada pela instituição nas últimas semanas. De acordo com a diretora, o hospital “já está em colapso”. Em aparente desespero, ela fez um desabafo e pediu apoio aos profissionais de saúde que estão completamente desgastados. (Assista abaixo).

“Estou aqui representando um sistema de saúde, que já está em colapso. O Hospital Universitário é um hospital 100% SUS [Sistema Único de Saúde], mas na pandemia, agora, não tem mais SUS e não tem mais privado”, disse Vivian.

“Na noite de ontem, era quase quatro horas da manhã e nós tínhamos apenas quatro ventiladores [pulmonares]”, disse a superintendente durante transmissão online.

Assista ao vídeo:

Segundo Vivian, os pacientes estão chegando cada vez em maiores quantidades e mais jovens. “Todos chegam em estado de saúde grave”, afirma.

“Nós estamos cansados, estamos esgotados, pedimos apoio e um pouco de reconhecimento”, continua. Ela ainda afirma que todos os hospitais da região estão lotados, sem vagas e ainda explicou que mesmo com os investimentos feitos pelo Estado, Município e até da própria Câmara de Vereadores — que investiu cerca de R$ 5 milhões no HU —, não estão sendo suficientes para aguentar a atual demanda de pacientes que recebem as unidades.

“Em 22 anos de saúde pública eu nunca vivi um momento como esse”, completou.

Situação dramática

A direção do Hospital Universitário (HU) de Londrina informou, na manhã desta sexta-feira (05), que vai permanecer com o Pronto Socorro (PS) fechado devido a superlotação da unidade.

De acordo com o boletim, a ala do PS atingiu 200% de ocupação e já não tem mais capacidade para receber nenhum paciente. Ao todo, 63 pessoas aguardam por uma vaga em UTI.

A ocupação das UTIs exclusivas para covid atingiram 109% e enfermarias 132%.

Redação Tem



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