Com aumento de produção, MST doa 2,5 mil litros de leite em Londrina

Alimentos atenderam mais de duas mil famílias pobres na cidade.

Foto: Reprodução

Um convênio executado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento fez com que chegassem resfriadores de leite e infraestrutura para profissionalizar a atividade leiteira às famílias que vivem nos assentamentos Eli Vive I e II, onde moram famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no distrito de Lerroville, em Londrina. Com os novos equipamentos, aumentou a produção e, consequentemente, a renda e a qualidade de vida dos moradores.

Hoje, os assentamento produzem cerca de 45 mil litros de leite por mês e, dependendo da época, chega a 50 mil litros/mês, embora este ano a tenha sofrido o impacto da pandemia e da estiagem severa.

Um convênio firmado em 2013 entre o Governo do Paraná e o Ministério do Desenvolvimento Agrário, ajudou no investimento de 30 tanques resfriadores com capacidade para 500 litros cada, beneficiando as cerca de 85 famílias que fazem uso coletivo dos equipamentos. Também foi possível investir na compra de 970 resfriadores de leite, distribuídos a produtores em assentamentos de todo o Estado.

Segundo o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, após a regularização da ocupação, o Governo do Estado ajudou na construção e organização do assentamento. “Eles receberam apoio, atenção, ajuda e a resposta que precisaram”, disse. A pasta disponibilizou sua estrutura técnica para fazer os projetos necessários à estruturação do assentamento.

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Ortigara destacou, ainda, que além da produção de leite, as famílias dos assentamentos Eli Vive I e II organizaram uma agricultura bem diversificada e atualmente produzem milho não transgênico, hortaliças e praticam uma agroecologia de alto nível.

Transformação

Atualmente, os assentamentos totalizam uma área de 7,5 mil hectares onde vivem 501 famílias. Eles foram criados em 2011, após a desapropriação e negociação, pelo Incra, com o antigo proprietário da fazenda Guairacá, que na época mantinha pecuária extensiva.

Hoje, o assentamento possui cerca de 3,5 mil cabeças de gado, das quais mil são de gado de leite. O projeto iniciado com dois produtores conta atualmente com 85 e a meta é chegar a 150 em dois anos.

Comercialização

A Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran), com sede em Arapongas, processa, comercializa e distribuir a produção do assentamento. Beneficia o leite, vende para o mercado convencional, em Londrina, e encaminha também para execução das políticas públicas.

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Parte da produção é entregue para o Programa de Aquisição de Alimentos (PPA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do governo federal.

No comércio varejista, em função da qualidade, o produto é disputado entre os consumidores da cidade, e fica difícil dar conta de atender tantos pedidos. “Somos rígidos na questão de qualidade e cumprimos integralmente todas as recomendações de ordem sanitária do Ministério da Agricultura”, destaca Carvalho.

Hoje, os assentamentos produzem mais de 30 produtos, entre hortaliças, frutas, cereais como arroz, milho, trigo e café.

Doação

Depois de sentirem na pele tantas dificuldades, os moradores dos assentamentos Eli Vive I e II sentem-se gratificados ao contribuir para melhorar a vida de quase 3 mil famílias em situação de vulnerabilidade social que vivem em Londrina.

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Os moradores dos assentamentos doaram 44 toneladas de alimentos e 2,5 mil litros de leite para ajudar quem mais precisa nesse momento de pandemia.

Neste ano, o volume chegou a 800 toneladas de fubá, 500 toneladas de hortaliças e 400 toneladas de feijão.

Redação Tem com Agência Estadual



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