Onde investir para fazer render os R$ 500 dos saques do FGTS

Foto: Gabriel Jabur/ Agência Brasília

Se os R$ 500 liberados para o saque de cada conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), seja ativa ou inativa, vão ajudar muita gente a pagar suas dívidas, levando em consideração que 23 milhões de brasileiros devem até esse valor, sendo mais de um milhão de pessoas em Pernambuco, para alguns esse é um dinheiro extra e que não está comprometido com contas a pagar. Apesar de parecer uma quantia pequena, o montante pode ser o início para uma educação financeira e também de um investimento positivo para o orçamento. Portanto, é preciso fugir da tentação de sair gastando o dinheiro com qualquer coisa para fazer o aporte em um investimento que resulte em uma reserva nas finanças importante para garantir um futuro com o orçamento mais equilibrado. 

O primeiro ponto importante é entender que não vale a pena manter o valor nas contas do FGTS porque o rendimento desse tipo de operação é bastante baixo. Outra questão é para onde direcionar o valor, já que a poupança também não se mostra um investimento muito rentável. “Hoje em dia mais de R$ 2 trilhões estão aplicados em poupança no Brasil, que não rende praticamente nada. Por isso o investidor precisa se mexer para investir certo. Aplicar em instrumentos financeiros errados é rasgar dinheiro e as pessoas não sabem de fato como investir as finanças”, afirma José Roque, representante da corretora Necton Investimentos em Pernambuco. Para ele, é fundamental aproveitar o momento para fazer uma reserva de emergência. “A crise foi muito dolorosa, mas foi educativa. As pessoas entenderam que precisam ter uma reserva, e ela deve ser de seis vezes os gastos fixos mensais”, complementa.

Um caminho seguro é passar a investir em renda fixa, que é mais seguro do que a renda variável para quem está começando neste mercado. “O Tesouro Direto é um bom caminho, só se perde se o Brasil quebrar. É como emprestar dinheiro para o governo e o retorno vem com as taxas mais a inflação, protege o poder de compra e ainda remunera, algo que a poupança e o FGTS não fazem. E não precisa ter muito dinheiro para isso, pode começar com R$ 37”, explica José Roque. Os bancos podem oferecer opções de investimento, mas André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, afirma que buscar uma corretora pode abrir os caminhos para outros tipos de investimento. “Os bancos têm os produtos deles e privilegiam mais a questão da segurança. Como se trata de um valor de R$ 500, estamos falando de pessoas que não normalmente não têm educação financeira. E os investimentos vão variar com cada perfil. Se é mais jovem, pode pegar um fundo mais nervoso, se é mais velho, um menos arriscado”, indica.

“Eu sugiro que a pessoa coloque uma parte, R$ 250, no Tesouro Selic porque os juros já caíram muito no Brasil e não devem cair muito mais. Então vai voltar a subir e vai gerar um ciclo de ganhos mais à frente. A outra parte pode procurar uma corretora para analisar cada caso. Mas os fundos imobiliários são uma boa opção porque geram uma boa renda e tem tratamento tributário que vale pena”, conclui o economista. 

Redação Tem com Agência Brasília



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