Alunos das escolas municipais entram em férias escolares

Mais de 46 mil alunos entram de férias a partir desta segunda-feira.

Imagem: Vivian Honorato/Ncom

A partir desta segunda-feira (20), mais de 46 mil alunos da rede municipal de ensino vão entrar no período de férias escolares, que seguirá até o dia 7 de fevereiro de 2022. Assim, o último dia letivo para as crianças foi na última sexta-feira (17). Durante o período de férias, as atividades administrativas nas sedes das escolas municipais, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e Centros de Educação Infantil (CEI) filantrópicos estarão suspensas ao público, devendo reabrir a partir do dia 25 de janeiro, quando pais e responsáveis poderão lidar com as questões de matrículas escolares. Já os professores deverão passar pelas atividades de práticas pedagógicas dos dias 1º a 4 de fevereiro de 2022.

Segundo a secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, apesar dos desafios apresentados pela pandemia de covid-19 no Brasil e no mundo, é possível dizer que Londrina tem se destacado no enfrentamento à doença. Isso porque, o município retomou de forma gradual e organizada as aulas presenciais. Além disso, mesmo durante o início e decorrer da pandemia, os educadores nunca deixaram de atender as crianças através do ensino remoto e das atividades híbridas, como as de apoio pedagógico presencial individual.

Além disso, a secretária de Educação lembrou que desde o início do segundo semestre letivo, em agosto desse ano, a Secretaria Municipal de Educação (SME) voltou com as aulas presenciais, seguindo todos os protocolos sanitários estipulados no Plano de Biossegurança. “Percebemos que de agosto a novembro, Londrina registrou cerca de 18 mil casos de covid-19 na população em geral, representando 1,7% da população com a doença. Já no ambiente escolar, tivemos apenas 301 casos positivos, em um público de 51 mil pessoas contando os professores e alunos, o que representa 0,5% do número de casos, ou seja, um percentual três vezes menor do que na população em geral. Isso mostra que a escola é um ambiente seguro, que conseguimos manter o ensino sem precisar fechar nenhuma unidade escolar por surto de covid, e que as crianças e os funcionários estão seguindo os protocolos sanitários, o que nos dá uma expectativa muito positiva para o futuro”, acredita Moraes.

Para a diretora pedagógica da Secretaria de Educação, Mariangela de Sousa Prata Bianchini, o maior desafio de 2021 foi a realização da busca ativa dos alunos. Isso porque, devido à pandemia, muitas famílias acabaram se mudando e algumas crianças deixaram de frequentar o ensino regular. Inicialmente, a SME havia registrado a evasão escolar de cerca de 3 mil alunos. Mas, com os trabalhos de busca ativa dos professores mediadores foi possível retomar o ensino presencial e híbrido para 2.500 alunos. “Utilizamos diversas estratégias para trazermos essas crianças de volta à escola. Muitas famílias se mudaram, porque os familiares perderam o emprego e precisaram morar com parentes, o que dificultou o acesso das crianças até a escola. Com o trabalho dos mediadores, conseguimos fazer a transferência desses estudantes para as escolas mais próximas e conversamos com os professores e familiares para acolherem corretamente essas crianças. Tivemos um êxito muito grande e, agora, trabalhamos na recomposição dos conteúdos”, explicou a diretora pedagógica.

Com a retomada das atividades presenciais, as escolas municipais, CMEIs e CEI têm trabalhado com a recomposição de conteúdos didáticos, que é diferente da recuperação tradicional. Na recuperação, os conteúdos ministrados já foram ensinados para as crianças pelos professores. Já na recomposição, os educadores trabalham os assuntos e temáticas considerados mais complexos, que deixaram de ser ministrados pelos pais e responsáveis devido às seleções específicas que foram feitas pela própria educação. Assim, para 2022, a expectativa é aprimorar as estratégias de ensino e aprendizagem, para que todos os conteúdos didáticos possam ser assimilados pelas crianças. “Muitas vezes, há conteúdos complexos que precisam da presença dos professores e, devido ao ensino remoto, as crianças não conseguiram se apropriar desses temas. Por isso, nossa meta é recompor esses conteúdos aplicando diversas estratégias durante os próximos três anos. Com a retomada presencial já percebemos que houve uma grande melhora”, apontou Bianchini.

Redação Tem com N.Com



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