Estácio de Sá demite mais de mil docentes para contratar de forma intermitente

O grupo de ensino superior Estácio de Sá, uma das maiores companhias de educação privada do Brasil, demitiu professores de toda sua rede de ensino nesta terça-feira (05). Segundo a imprensa, 1,2 mil docentes foram desligados. A instituição, no entanto, não confirma o número.

Em nota, a empresa alega que o quadro decorre de uma reorganização na base de docentes, que envolve não só as demissões, mas o lançamento de um cadastro de reserva de docentes para atender possíveis demandas nos próximos semestres, de acordo com as evoluções curriculares.

Para especialistas em educação, há um forte indício de que esses professores devem ser desligados e recontratados por salários menores. A avaliação é de que isso fica ainda pior em um cenário de crise econômica e desemprego, em que as pessoas não conseguem se recolocar facilmente.

A reforma trabalhista criou a modalidade do trabalho intermitente, que prevê a contratação do trabalhador por tempo determinado e pagamento de acordo com a prestação de serviço, que pode se dar em horas, dias, semanas ou meses. Anteriormente, a CLT não previa esse tipo de vínculo. Os trabalhadores nessas condições terão direito a férias, FGTS, previdência e 13º salário proporcionais.

Além de serem pegos de surpresa, os professores da Estácio de Sá denunciam que a prática vem acompanhada da inserção de aulas online nas grades curriculares de diversas unidades. Alguns professores alegaram que a instituição deu como justificativa uma reestruturação em um contexto de redução de custos. Deixando claro que o quadro de professores da instituição será mais barato.



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