Exposição online multissensorial faz um passeio por Londrina de 1930

"Londrina Sonora" traz composições inéditas feitas a partir de fotografias de Londrina no início da colonização.

Foto: Reprodução/LondrinaSonora

Prestes a completar 86 anos, a cidade de Londrina ganha de presente a exposição on-line multissensorial “Londrina Sonora”, cuja proposta é levar o público a uma viagem virtual através de composições musicais e fotografias tiradas da cidade no início de sua colonização, nos anos de 1930. Por causa da pandemia, a exposição – que foi planejada para ocupar diversos espaços londrinenses – está sendo feita inteiramente virtual.

Aliando pesquisa história, fotografia e composição musical em som binaural – o conhecido som 3D – a exposição “Londrina Sonora” retrata o período que vai de 1930 até 1939 de maneira inédita. A equipe do projeto fez uma minuciosa pesquisa em busca de imagens, fotografias e documentos que retratassem o período em estudo.

“Tratamos exatamente dos anos 1930 porque a raridade de registros faz esse período, em que Londrina se tornou cidade, ainda pouco explorado. E julgamos de extrema importância resgatar isso, para contribuir com a formação de uma identidade histórica londrinense”, explica a compositora e violinista Erisla Pastore, coordenadora do projeto “Londrina Sonora”.

Através da pesquisa foram selecionadas 30 fotografias antológicas, de vários autores como George Craig Smith, Hans Kopp, Carlos Stenders, José Juliani, Daniel Simitan, Theodor Preising e Margarida Kraemer, entre outros. Elas revelam o cotidiano das famílias pioneiras, as casas, a safra e o início da colonização. O público poderá fazer o passeio auditivo através das imagens históricas da cidade pelo site www.londrinasonora.com . A dica da coordenadora é que o público ouça os áudios até o fim para que o passeio pela exposição seja completo.

Som 3D

No site, cada imagem é exibida junto com uma composição exclusiva, feita pelos músicos Erisla Pastore e Daniel Simitan, usando a técnica de reprodução de sons binaurais. “Utilizamos essa técnica, o famoso som 3D, para trazer novas perspectivas e nuances para essa história”, conta Erisla Pastore.

Foto: Reprodução/LondrinaSonora

O som binaural é um processo de gravação no qual é simulada a espacialização sonora do espectador. “Para a captação do som, colocamos na cabeça de um manequim microfones posicionados próximos aos dois ouvidos – esquerdo e direito – para atingir o efeito de todo o som real que o espectador pode escutar.”

O projeto “Londrina Sonora” conta com o patrocínio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC) e apoio do Museu Histórico de Londrina.

Resgate da identidade

Quando se fala da história de Londrina, logo vem a mente a imagem dos colonizadores ingleses e o loteamento feito pela Companhia de Terras Norte do Paraná. A exposição também procura ressignificar a história contada a partir desse ponto de vista, trazendo novas perspectivas. “Será mesmo que o Norte do Paraná era vazio e sem forma e somente a partir desse ponto é que começamos a ‘existir’?”, indaga Calebe Viana, historiador que integra o projeto.

Erisla Pastore

Erisla Pastore é compositora, arranjadora e violinista. Graduada e pós graduada em música pela Universidade Estadual de Londrina, tem vasta experiência em suas áreas de atuação. Foi integrante da Orquestra Jovem da UEL e atualmente é colaboradora na BRAVI Academia de Música, atuando como violinista, arranjadora e compositora. Além de ser colaboradora nos arranjos coletivos, participou da gravação do CD Bichos, Cores e outros amores (2013). Desde 2011 é Assessora Artística do Festival Internacional de Música de Londrina.

Compôs trilhas para teatro – Aterra (2018), espetáculo teatral que realizou diversas apresentações no Paraná e no interior de São Paulo, participando também no Festival de Teatro de Curitiba. Já no cinema, foi convidada para compor quatro trilhas para o Dramátika – Núcleo de Criação e CineDramaturgia do SESI Cultura Paraná em parceria com a produtora Kinopus (2018). No ano de 2019 fez arranjos para um concerto especial com clássicos do jazz e do blues para a Orquestra Acadêmica BRAVI.

Redação Tem com Assessoria



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