Pai de vítima consola mãe de sequestrador morto

Paulo César viu a filha refém sendo liberada pela televisão

Foto: Douglas Macedo

O pai de uma das vítimas do sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói, tentou consolar a mãe do sequestrador morto na manhã desta terça-feira. O aposentado Paulo César Leal foi até a Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói para acompanhar a filha no depoimento. Chegando lá, ele encontrou a mãe de Willian Augusto da Silva, de 20 anos, que fez 37 reféns no coletivo. 

“Sou evangélico e acredito que, como cristão, temos que amparar essa mãe. Tentei passar um pouco de conforto para ela, que perdeu um filho”, disse Paulo. 

O aposentado é pai da professora Raiane Leal, de 23 anos, que estava no ônibus que foi sequestrado na Ponte Rio-Niterói. Ele soube do ocorrido pela televisão e não pensou que a filha pudesse estar no coletivo, pois ela costumava sair mais cedo de casa. 

Raiane foi a primeira das seis vítimas a serem liberadas pelo sequestrador. Paulo César disse que reconheceu a filha pela televisão. 

“Eu soube do sequestro pela televisão, mas não imaginava que a minha filha pudesse estar nesse ônibus, porque ela sempre sai de casa mais cedo. Quando eu vi a primeira vítima sendo liberada, vi que ela tinha exatamente os mesmos traços da minha filha. Fiquei completamente assustado com o que vi mas, ao mesmo tempo, senti um alívio muito grande em saber que ela estava saindo”, contou Paulo César. 

Minutos após ser liberada do ônibus, Raiane entrou em contato com a família pelo telefone para dizer que estava tudo bem. 

Alguns dos reféns contaram que o William parecia estar calmo e dizia a todo momento que não queria machucar ninguém. No entanto, ele também falava que sairia daquele ônibus morto. 

“Ele dizia que queria entrar para a História e que a gente teria muita história para contar para nossos amigos e família hoje, mas que ele ia morrer”, contou uma das vítimas. 

do O Fluminense



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